A Petrobras (PETR4) está monitorando toda a tensão entre Ucrânia e Rússia, que acontece em momento de alta no mercado de petróleo, impulsionado pela forte demanda global e oferta escassa, disse o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna.
Segundo o executivo, essa seria uma guerra improvável, e que uma estabilização das tensões possui potencial de esfriar o mercado, fator que é levado em conta pela empresa antes de qualquer movimento sobre preços de derivados.
No ano, o avanço do Brent de referência global supera 20%, enquanto a commodity registrou uma nova máxima desde 2014 nesta segunda-feira(14), impulsionada pela ameaça de guerra entre Ucrânia e Rússia, um dos maiores produtores globais de petróleo e gás.
“Estamos vivendo um período de baixo estoque da Opep, excesso da demanda frente à oferta e retomada da economia muito superior ao que o mundo espera no pós-pandemia”, ponderou Luna nesta segunda.
“Ainda teve uma friagem forte nos Estados Unidos que gerou um consumo grande, tudo isso baixa estoque, maior demanda e oferta insuficiente. Acho que não poderia (vir essa tensão em pior hora)”, completou.
A Petrobras possui uma política de paridade de preços para os derivados do petróleo no mercado interno, comparado aos valores internacionais, que considera também fatores como o câmbio.
A alta de petróleo sempre coloca pressão sobre a política de preços.
Parte da alta da commodity já foi repassada em janeiro deste ano, no momento em que a Petrobras fez um aumento de 8% nos preços do diesel nas refinarias e a gasolina vendida às distribuidoras teve alta média de 4,85%.