Ibovespa se afasta de exterior e fecha em alta apesar de tensões entre Rússia e Ucrânia

O dólar encerrou em leve alta de 0,07% a R$ 5,24

O Ibovespa encerrou em alta nesta sexta-feira (11), marcando sua quinta semana seguida de ganhos. O índice conseguiu ultrapassar o patamar dos 114 mil pontos durante a sessão, entretanto notícias de que a Rússia poderia invadir a Ucrânia a qualquer momento derrubaram o benchmark. O avanço, no entanto, foi mantido pelo bom desempenho do petróleo e por ações bancárias, que dispararam após o balanço do Itaú Unibanco.

Nas últimas semanas, as tensões geopolíticas entre os dois países tem impactado, principalmente, o mercado de commodities. Esse pregão foi ainda mais duros para ações do setor depois que o mercado tomou ciência sobre informações de que o presidente Vladimir Putin já teria ordenado que suas tropas invadissem a nação vizinha.

As preocupações respingaram nos papéis da Vale, que fecharam em queda de 2,02%. As demais blue chips superaram as perdas geradas pelo conflito e avançaram no fechamento. O Itaú (ITUB4) ganhou 5,91% e a Petrobras (PETR3, PETR4) também se manteve entre as maiores altas, com PETR3 subindo 4,29% e PETR4 valorizando 4,07%. 

Em relação ao petróleo, os preços do barril elevaram-se quase 5%. No after market, o barril tipo Brent avançava 4,09%, a US$ 95,15, enquanto o WTI subia 4,52%, a US$ 93,94.

Já o dólar seguiu o movimento de alta e encerrou em leve a R$ 5,242. A moeda teve um forte movimento de compra no fim da tarde devido aos temores entre Rússia e Ucrânia. Mesmo tendo se valorizado, o dólar tem sua quinta semana consecutiva de perdas, mais longa sequência do tipo desde maio de 2021. No atual período, o dólar acumulou baixa de 6,91%.

No cenário interno, os analistas acertaram nas projeções sobre o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) aponta crescimento de 4,5% em 2021, e segue avanços no setor de serviços, comércio e na produção industrial de dezembro e no acumulado do ano.

A respeito da autarquia, o presidente do banco, Roberto Campos Neto, afirmou em evento nesta sexta-feira que a instituição usará todas as suas ferramentas para recolocar a inflação do país na meta. Ele estimou que a inflação deve começar a cair após um pico que deve ocorrer entre abril e maio.

Em Wall Street, as bolsas foram pressionadas e fecharam em forte baixa. O Dow Jones caiu 1,43%, o S&P 500 recuou 1,90% e a Nasdaq levou um tombo de 2,78%, chegando a cair mais de 3% na mínima do dia.

Bolsa

O Ibovespa fechou em alta de 0,18%, aos 113.572 pontos. O volume financeiro da sessão ficou em R$ 43,1 bilhões. 

Maiores altas

Itaú (ITUB4) +5,91%;
Petrobras (PETR3) +4,49%;
Itaúsa (ITSA4) +4,26%;
PetroRio (PRIO3) +4,24%;
Petrobras (PETR4) +4,07%

Maiores baixas

Magazine Luize (MGLU3) -8,50%;
Usiminas (USIM5) -7,45%;
Azul (AZUL4) -5,84%;
Via (VIIA3) -5,07%;
Gol (GOLL4) -4,83%

Dólar

O dólar encerrou o dia em leve alta de 0,07%, cotado a R$ 5,242.

Ibovespa pela tarde

Às 16h26 (horário de Brasília) o benchmark avançava 0,19%, aos 113.586 pontos. O dólar desvalorizava-se 0,17%, sendo cotado a R$ 5,23.

Às 14h32 (horário de Brasília) o benchmark avançava 1,23%, aos 114.773 pontos, em meio a um forte noticiário corporativo. Ações de petroleiras e de bancos puxam o bom desempenho do índice. O dólar recuava 0,97%, sendo cotado a R$ 5,19.

Índice ao meio-dia

Às 12h31 (horário de Brasília) o Ibovespa seguia o ritmo positivo ocasionado pelos desempenhos otimistas dos bancos, com salto de 1,18%, atingindo os 114.701 pontos. O dólar tombava 1,01%, sendo cotado a R$ 5,18.

Apesar do cenário promissor nacional, no âmbito externo os investidores ainda estão sob o impacto da inflação acima do esperado nos Estados Unidos, com o mercado de olho nas taxas dos títulos do Tesouro estadunidense e calibrando as apostas sobre o aumento de juros.

Ao meio-dia, as ações ordinárias da IRB Brasil Resseguros, empresa especializada em resseguros, liderava as altas da sessão com ganho de 7,62%, a R$ 3,38. Os papéis preferenciais do Itau Unibanco também registravam destaque positivo no pregão, após a publicação do balanço de resultados do quarto trimestre de 2021, com valorização de 6,63%, a R$ 26,71.

Em contrapartida, os papéis preferenciais da Usiminas desempenharam as maiores perdas, com recuo de 4,89%, a R$ 15,96. Em seguida, a ação ordinária da Magazine Luiza também registrava grandes perdas, com queda de 4,18%, a R$ 6,65.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) tinha alta de 0,10%, aos 2.764 pontos.
Neste cenário o RZAK11 performava com destaque positivo da sessão ao meio-dia, com alta de 1,62%, sendo cotado a R$ 94,19.

Já o HFOF11 levava a pior frente à perdas de outros ativos, com queda de 0,92% em sua valorização, a R$ 75,98.

Como foi a abertura do Ibovespa?

O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, iniciou o último pregão da semana, sexta-feira (11), em ritmo de alta, estendendo o otimismo da sessão anterior, com ganhos de 0,20%, aos 113.597 pontos. O dólar recuava 0,93%, sendo cotado a R$ 5,19.

O índice seguia ritmo contrário às bolsas exteriores, ao prosseguir com performance favorável impulsionado com desempenhos positivos dos bancos.

O mercado acompanhou nesta manhã a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), medida pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgada pelo Banco Central, no qual indica que a economia brasileira registrou crescimento de 4,5% em 2021. O resultado oficial do principal indicador das atividades econômicas nacionais será divulgado somente em 4 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.

Pré-abertura da Bolsa

Nesta manhã de sexta-feira (11) as atenções estão voltadas para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) se apresentar com um tom mais hawkish (rígido em relação à inflação), Campos Neto, presidente do BC, participa de evento aberto nesta data às 12h30.

A maior parte das bolsas mundiais operam em território negativo. Na véspera houve uma forte liquidação nos mercados em Wall Street, com a repercussão de dados da inflação mais altos em quatro décadas e posicionamento mais hawkish de um dos membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

Confira a pré-abertura do mercado aqui.