Setor de papel e celulose nacional deve divulgar balanços positivos do 4T21

Confira análises de especialistas da Ágora Investimentos sobre Suzano, Klabin e Dexco

Enquanto alguns setores devem apresentar resultados fracos no quarto trimestre de 2021, como o de educação na visão de analistas, as empresas de papel e celulose nacionais prometem trazer balanços mais positivos, avalia a Ágora Investimentos.

Os dados da Suzano (SUZB3) e da Klabin (KLBN11) serão divulgados na quarta-feira (9), depois que o mercado for encerrado. A corretora mantém recomendação de compra para as ações de ambas empresas, porém o papel da Suzano foi escolhido como favorito pelos analistas Thiago Lofiego e José Cataldo, que assinam o relatório.

A expectativa é de que a companhia registre ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 6,2 bilhões, valor considerado estável no trimestre.

Os especialistas indicam que os preços realizados em exportação devem alcançar um prêmio de cerca de 11% ante os preços na China, enquanto espera-se que os volumes permaneçam robustos  (ligeiramente superiores ao trimestre anterior).

Os custos, por sua vez, provavelmente seguirão crescendo, porém em um ritmo mais lento. 

Já a respeito da Klabin, estima-se que o ebitda atinja R$ 1,85 bilhão – um recuo de 4% em frente o trimestre anterior e alta de 68% em base anual. Para a corretora, a empresa será beneficiada pelo aumento nos preços de papel/embalagens e volumes ainda saudáveis, compensados por menores volumes de celulose e pressões de custo.

Outra companhia avaliada foi a Dexco (DXCO3), que deve reportar mais um trimestre sólido. Os analistas preveem ebitda em cerca de R$ 590 milhões. 

O destaque positivo fica por conta dos resultados dos painéis de madeira, impulsionados pelos preços mais elevados. 

Além disso, as margens da Deca, principal marca da companhia, deve sofrer com pressões de custos e volumes mais fracos. 

Os balanços da Dexco também serão divulgados no dia 9 de fevereiro, após o fechamento do mercado.