Ibovespa atinge máxima em 3 meses e supera 113 mil pontos

O dólar caiu e registrou o menor valor desde 16 de setembro de 2021, sendo cotado a R$ 5,27

O Ibovespa encerrou em alta nesta terça-feira (1) e alcançou sua maior pontuação em mais de três meses, ultrapassando o patamar dos 113 mil pontos pela primeira vez desde outubro do ano passado. Os investidores seguiam atentos a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros (Selic). As discussões foram iniciadas hoje e terminam amanhã (2). 

O mercado espera que o Copom eleve a Selic em 1,5% na quarta-feira, saindo de 9,25% para 10,75% ao ano. O avanço beneficia o real, já que torna os títulos do Tesouro mais atrativos, porém é negativo para as ações, pois torna a renda fixa mais atrativa que a variável.

Em relação ao dólar, a moeda acompanhou a retração das últimas três sessões e fechou com o menor valor desde 16 de setembro de 2021, a R$ 5,27. 

O real, por sua vez, tem sido favorecido por um cenário de migração de investimentos para mercados emergentes e ligados a commodities diante da expectativa de aumento de juros pelo Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), junto com as elevações na Selic realizadas pelo Banco Central, que devem ser mantidas em 2022.

Nessa perspectiva, o saldo de investimentos estrangeiros em janeiro ficou positivo em mais de R$ 28 bilhões.

Ou seja, a entrada do investidor estrangeiro, estimulado por ações descontadas, e os preços de matérias-primas em alta, motivos que alavancaram o índice no mês passado, continuam contribuindo para o bom desempenho do benchmark.

No radar de mercado, as ações de Vale buscavam recuperação frente a forte queda apresentada na véspera e impulsionaram o resultado positivo, com valorização de 5,59%, a R$ 85,31. Os papéis da Petrobras (PETR3,PETR4) também voltaram a subir, com os papéis PETR4 entre os maiores volumes do dia e avanço de 2,01%, mesmo com o preço do petróleo recuando hoje no mercado internacional. 

Na política, o aumento do risco fiscal preocupa investidores. Um projeto de lei sobre os impostos sobre combustíveis, chamada de PEC dos Combustíveis, elevou os temores de um descontrole fiscal.

Fora do país, as bolsas em Wall Street conseguiram recuperar parte das perdas acumuladas durante o pregão visto que os investidores voltaram o foco para a temporada de balanços corporativos. O Dow Jones fechou com ganhos 0,77%, a 35.403 pontos; o S&P 500 subiu 0,68%, a 4.546 pontos; e a Nasdaq teve valorização de 0,75%, a 14.346 pontos.

Bolsa

O Ibovespa fechou em alta de 0,97%, aos 113.228 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 27,07 bilhões, abaixo do registrado nos últimos dias.

Maiores altas

Banco Inter (BIDI11) +8,08%
Vale (VALE3) +5,49%
CSN (CSNA3) +5,05%
Braskem (BRKM5) +4,45%
Usiminas (USIM5) +3,88%

Maiores baixas

Alpargatas (ALPA4) -6,91%
Banco Pan (BPAN4) -5,22%
Minerva (BEEF3) -5,03%Lojas
Renner (LREN3) -4,05%
Iguatemi (IGTI11) -3,60%

Dólar

O dólar comercial fechou em baixa de 0,62%, cotado a R$ 5,272 na compra e a R$ 5,273 na venda.

IFIX

O índice de Fundos Imobiliários da B3 (IFIX) encerrou com baixa de 0,011%, aos 2.776 pontos. 

Ibovespa pela tarde

Às 14h11 (horário de Brasília) o benchmark operava longe das bolsas de Nova York, com avanço de 0,61% aos 112.827 pontos. O movimento positivo é puxado pelo bom desempenho das ações de maior peso do índice, VALE3 e PETR4. O dólar mantinha recuo de 0,36%, a R$ 5,28.

Índice ao meio-dia

Às 12h29 (horário de Brasília) o Ibovespa atingiu ganhos de 0,99%, aos 113.235 pontos.O dólar permanecia em ritmo de queda e estendia as perdas ao recuar 0,56%, a R$ 5,27.

O mercado acompanhou a divulgação do índice de confiança empresarial, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que caiu 2,5 pontos em janeiro, registrando o menor resultado desde abril de 2021. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador apresentou o seu quarto recuo seguido, agora em 3,0 pontos.

Ao meio-dia, as ações ordinárias da Vale lideravam a sessão com ganhos de 3,47%, a R$ 83,72. 

Já os papéis do Banco Pan (BPAN4) ganharam destaque negativo ao registrar pior desempenho da sessão com queda de 4,48%, a R$ 10,44.

O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), negociado na B3, avançava 0,20%, rumo aos 2.783 pontos.

O MXRF11 tinha destaque positivo com avanço de 3,79%, a R$ 9,24.

Enquanto isso, o ativo VINO11 liderava as perdas da sessão, ao registrar queda de 2,52%, sendo cotado a R$ 51,29.

Como foi a abertura do Ibovespa?

O principal índice da bolsa de valores brasileira, Ibovespa, iniciou o pregão desta terça-feira (1º) em alta de 0,27%, aos 112.447 pontos. O dólar sofreu queda de 0,44%, sendo cotado a R$ 5,28.

O mercado acompanhou a divulgação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta manhã sobre o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S)da quarta quadrissemana de janeiro de 2022 que registrou avanço de 0,49% e acumula alta de 9,58% nos últimos doze meses. 

A atenção do radar está voltada para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), para definir a taxa básica de juros – Selic — que ocorre nesta terça-feira (1ª). Pela primeira vez em cinco anos, os juros devem chegar aos dois dígitos. A reunião será dividida em duas partes, a primeira ocorrerá nesta manhã e a outra à tarde. Na quarta-feira (2), o Copom irá anunciar a sua decisão

Confira a abertura do Ibovespa na íntegra.

Pré-abertura da Bolsa

Nesta manhã de terça-feira (1º), o mercado nacional segue atento à primeira parte da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que irá divulgar a sua decisão sobre a Selic. É esperado que a instituição apresente alta de 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano (a.a), da taxa de juros na próxima quarta-feira (2).

As principais bolsas mundiais operam sem direção definida neste primeiro dia de fevereiro, com a Europa apresentando avanços seguindo o desempenho dos Estados Unidos na véspera. Os índices futuros norte-americanos têm leve queda nesta manhã, mas não foi o suficiente para apagar as quedas de janeiro em Wall Street.

As bolsas estadunidenses fecharam janeiro com fortes perdas, sendo afetadas pela alta da inflação e perspectiva de uma alteração na política do Federal Reserve e expectativa para uma contínua alta de juros a partir do próximo mês. No acumulado de janeiro, o S&P caiu 5,3%, o Nasdaq recuou 8,9% e o Dow perdeu 3,3%.

Confira a pré-abertura do mercado aqui