Empresa de eVtols da Embraer estima margem bruta de 25% 

A previsão de entregas é de 75 aeronaves em 2026, quantidade que vai subir para 481 em 2028  

A empresa de veículos aéreos para mobilidade urbana, Eve, da Embraer (EMBR3), estima margem bruta de 25% quando seus eVtols começarem a entrar em operação a partir de 2026, disse o vice-presidente financeiro da companhia, Eduardo Couto, nesta terça-feira (1). 

O executivo aproveitou o evento online do Credit Suisse para dizer que “também espera uma margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) 15% a 20%”. 

Enquanto o presidente-executivo da Eve, André Stein, informou que a companhia tem uma carteira de pedidos de 17 clientes e 1.735 veículos, equivalente a US$ 5,2 bilhões. 

Esse número é bem mais que o dobro da avaliação de mercado da empresa, de US$ 2,4 bilhões, segundo Couto. A estimativa de entregas é de 75 aeronaves em 2026, montante que vai subir para 481 em 2028 e para 1.117 unidades em 2030. 

Em relação com o acumulado de 2021 até o fim de setembro, a margem Ebitda ajustada da Embraer foi de 8,8% enquanto a margem Ebit, que também passou por ajuste, foi de 3,7%. 

Stein foi questionado quando a cidade de São Paulo, um dos principais mercados de helicópteros do mundo, terá uma aeronave da EVE em operação e o executivo afirmou que o Brasil “tem potencial para ser pioneiro neste segmento e São Paulo tem potencial para ser um mercado gigantesco”. 

Para ele, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai ser o órgão primário de certificação das aeronaves da EVE, o que deve acontecer em 2025 segundo a previsão da companhia. 

“A Anac tem uma parceria com a FAA (agência de aviação dos Estados Unidos) que garante que esta certificação de maneira muito tranquila entre o Brasil e EUA, com a FAA validando a certificação da Anac”, disse o presidente da Eve. 

Durante a atualização das 15h25, no horário de Brasília, as ações da Embraer tinham alta de 2,2%, cotadas a 20,76 reais, enquanto o Ibovespa avançava 0,6%.