Parece que esse é mais um dia animador para quem defende o fim do Bitcoin. Isso porque o conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) exigiu que El Salvador pare considerar o Bitcoin (BTC) como uma das moedas legais no país. A entidade listou os riscos financeiros que podem ser causados, além de citar a criação de novos passivos.
Nesta terça-feira (25) o pedido foi divulgado em um relatório publicado após discussões bilaterais com El Salvador sobre sua economia. O país está em negociações com o FMI para um empréstimo de US$ 1,3 bilhão.
De acordo com o documento, os diretores do Fundo ressaltaram a existência dos grandes riscos ligados diretamente ao uso do Bitcoin na estabilidade financeira, integridade financeira e proteção ao consumidor, assim como aos passivos contingentes fiscais associados.
Outro ponto do relatório foi a exigência, por parte dos diretores, para que autoridades restrinjam o escopo da Lei Bitcoin, retirando o status de curso legal do Bitcoin. Alguns aproveitaram a ocasião para demonstrar suas preocupações com os riscos associados à emissão de títulos lastreados em Bitcoin.
Em novembro 2021, a equipe do FMI informou que o Bitcoin não deveria ser usado como moeda legal em El Salvador e ordenou que o país da América Central fortalecesse a regulamentação e a supervisão de seu recém-criado ecossistema de pagamentos de criptomoedas.
O país adotou o Bitcoin como moeda de curso legal em setembro de 2021 e seu presidente, Nayib Bukele, se tornou um grande defensor público da criptomoeda.
El Salvador vem acumulando a criptomoeda e recentemente comprou 410 BTC, atingindo mais de 1.500 BTC no valor total já detido no Tesouro. O país também deseja emitir títulos públicos de US$ 1 bilhão lastreados em Bitcoin ainda esse ano, com duração de 10 anos e denominados em dólares americanos.