Na visão da Santander, vale a pena apostar nas ações do setor de energia elétrica e saneamento básico na América Latina devido ao seu baixo custo, com retornos reais médios de 6,85% acima dos títulos locais de 10 anos.
Apesar de projetar um bom desempenho para o segmento, o banco ressalta que os riscos políticos aumentaram proporcionalmente e, portanto, deve-se manter uma postura defensiva para 2022.
“Preferimos nomes com alta geração de fluxo de caixa, bom fluxo de dividendos, perfis de baixo risco e ativos de qualidade”, apontaram.
Em meio aos papéis do setor, a CPFL Energia (CPFE3) é a ação preferida da instituição. Seus analistas acreditam que a empresa possui “qualidades diferenciadas” que lhe permitirão avançar em um 2022 volátil.
Em relação à companhia, o Santander destaca uma avaliação barata, geração de caixa estável e forte, sem contar no baixo perfil de risco, já que a empresa quase não tem exposição ao déficit hídrico e à curva de preços de longo prazo.
Os analistas do banco, Andre Sampaio e Guilherme Lima, ainda afirmam que a CPFL é capaz de suportar um dos menores riscos regulatórios entre as distribuidoras brasileiras.
Para o fim de 2022, a empresa ganhou um novo preço-alvo de R$ 31,18, uma alta potencial de cerca de 20% ante o último fechamento (14).
O Santander também indica nomes como Alupar (ALUP11), Cesp (CESP6) e Omega Energia (MEGA3), com preços-alvos de, respectivamente, R$ 27,39, R$ 29,89 e R$ 14,94.
Por fim, os analistas elevaram as recomendações de AES Brasil (AESB3), Sabesp (SBSP3) e Copasa (CSMG3) para compra e rebaixaram Cemig (CMIG4) para atuação inferior ao mercado.