O presidente da república Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (17) que a inflação cairá neste ano, depois de fechar 2021 em alta de 10,06%.
Analistas ouvidos pelo Banco Central no Boletim Focus apontam, de fato, desaceleração da inflação em 2022, para 5,09%. Caso a previsão se confirme, porém, a inflação ficará novamente acima da meta do BC, que é de 3,5% neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, variando entre 2% e 5%.
A fala veio em entrevista à Rádio Viva, do Espírito Santo, no qual o chefe do Executivo federal reconheceu que o desemprego e a inflação são problemas. “Vamos continuar lutando contra o desemprego, pode ter certeza que a inflação vai baixar neste ano”, prometeu.
Bolsonaro tornou a responsabilizar as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação do novo coronavírus, mas afirmou que inflação irá arrefecer em 2022.
Contrariando dados que revelam que o aumento dos preços é reflexo da desvalorização do real e da queda de investimento estrangeiro. Além disso, também entram na conta problemas como a alta nos combustíveis, a crise hídrica com o aumento na conta de luz e questões climáticas que afetaram a agricultura.
Profissionais e especialistas ainda destacam que o isolamento social ocasionado pela pandemia foram fundamentais para a amenização do vírus e redução do número de contágios e consequentemente número de mortes pelo vírus. Sem as medidas de restrição e contenção do vírus a economia não conseguiria atingir um patamar estável, na qual se encontra agora, para regressar ao nível pré-pandemia.