O ano de 2022 se iniciou com as mesmas preocupações dos dois últimos anos, o novo coronavírus. Desta vez, é a variante ômicron que ocupa espaço sobre a preocupação do mercado financeiro, uma vez que esta cepa pode se tornar mais um entrave para a atividade econômica global e, consequentemente, para o Brasil.
Analistas ainda não podem acusar com exatidão o tamanho do impacto econômico dessa nova onda de casos, mas alertam que ela pode se refletir em mais inflação no mundo e trazer algum prejuízo para a indústria e o setor de serviços, o principal da economia.
O que pode-se afirmar é que a maior preocupação envolvendo a variante está relacionada com a facilidade que ela tem se espalhar rapidamente entre a população e afetar as cadeias de produção global. Este seria um cenário já conhecido na fase mais crítica da pandemia.
Com o aumento de casos da doença, as linhas de produção serão interrompidas e reduzidas, pressionando os custos em todo o mundo, como já aconteceu.
“Eu vejo um potencial inflacionário para a ômicron”, afirma Cristiano Oliveira, economista-chefe do banco Fibra. “Na China, por exemplo, com a política de ‘Covid zero’, já houve uma elevação do custo do frete no transporte de mercadorias.”
No entanto, até o momento a expectativa é de que não haja uma piora significativa da atividade econômica dado que são setores pontuais que têm sofrido mais com os desdobramentos da doença e não há no radar ondas de fechamentos da economia como em outros momentos da doença.