A indústria nacional registrou queda de 0,2% em novembro de 2021, na série com ajuste sazonal. Oitos dos 15 locais investigados apresentaram taxas negativas. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE.
As maiores quedas foram em Amazonas (-3,5%), Rio de Janeiro (-2,2%), e Ceará (-2,5%). Por outro lado, dentre as maiores elevações estava Mato Grosso (14,6%), Pará (3,5%) e Santa Catarina (5,0%).
O recuo no Rio de Janeiro teve maior influência após três meses em território positivo, período em que acumulou avanço de 1,5%. “Essa queda é atribuída ao impacto negativo dos setores de derivados do petróleo, principalmente, de metalurgia e da indústria farmacêutica. O Amazonas é a segunda maior influência negativa, em função da queda do setor de bebidas, principalmente”, diz Bernardo Almeida, gerente da pesquisa.
Já a Bahia, com retração de 1,7%, respondeu a terceiro maior peso, por conta do baixo desempenho do setor de celulose e de outros produtos químicos. A indústria baiana ficou no vermelho após dois meses de alta, quando acumulou ganhos de 5,4%.
Dentre os resultados positivos, São Paulo liderou como principal influência positiva sobre o resultado do indicador, com expansão de 1,0%. O dado de São Paulo responde a aproximadamente 34% da produção industrial brasileira.
“Vale destacar que esse crescimento ocorre depois de cinco meses de resultados negativos em que São Paulo acumulou uma perda de 7,9%. O estado está 3,6% abaixo do patamar pré-pandemia e 25,1% abaixo do seu patamar mais elevado, atingido em março de 2011”, declara Almeida.
Mato Grosso, com crescimento de dois dígitos, 14,6%, foi influenciado pelo desempenho positivo do setor de alimentos. Algumas fábricas do setor que estavam paralisadas retornaram às atividades.
No acumulado do ano, foi registrada elevação em nove dos 15 locais, com destaque para Santa Catarina (12,4%), Rio Grande do Sul (11,2%), Minas Gerais (10,9%) e Paraná (10,0%).