Café com BPM: bolsas avançam após fala de Powell; petróleo segue em alta

O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (11) com queda de 1,80%, retornando aos 103 mil pontos. O resultado ocorreu em meio a repercussão de dados inflacionários de 2021, que foram acima do esperado, e a carta do Banco Central ao Ministérios da Economia, sinalizando a continuidade da elevação da Selic em 2022. Além disso, o mercado acompanhou as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, sobre a política monetária do país.

O presidente do Banco Central, Campos Neto, declarou que o movimento de alta é global, atingindo a maior parte dos países avançados e emergentes. A autoridade ainda ressaltou que tem “tomado as devidas providências” para que as metas sejam atingidas.

Nesta manhã de quarta-feira (12), os mercados mundiais registram ganhos, à medida que investidores repercutem as falas de Powell. Além disso, investidores aguardam a publicação do Livro Bege, com informações sobre as perspectivas econômicas e condições financeiras reportadas pelos Feds distritais dos Estados Unidos.

Os índices futuros norte-americanos apresentaram leves altas no início desta sessão, em meio a redução dos temores em relação às perspectivas em relação a uma política monetária mais apertada do Fed.

Na véspera, o Nasdaq teve alta de mais de 1%, em seu segundo dia consecutivo; o S&P sentiu elevação de 0,9%; e o Dow ganhou 180 pontos. Em sua declaração ao Senado, o presidente do Fed destacou que a economia estadunidense está saudável o suficiente e necessita de uma política monetária mais rígida.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, teve alta de 0,5%, com o setor de recursos básicos liderando os ganhos.

Os receios com o ritmo de recuperação da economia global se fortaleceram na véspera, após o Banco Mundial reduzir suas perspectivas para a zona do euro, Estados Unidos e China. A instituição alertou que o elevado nível da dívida, o aumento da desigualdade de renda e a forte propagação das novas variantes da Covid-19 ameaçam a recuperação das economias.

Já em relação aos indicadores econômicos, a produção industrial da zona do euro teve alta de 2,3% em novembro ante outubro do ano passado, de acordo com dados ajustados sazonalmente publicados nesta quarta-feira.

Por outro lado, a produção industrial do bloco teve queda de 1,5% em novembro, na comparação anual.

As bolsas asiáticas também registram altas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng de tecnologia subiu 5%. No Japão, as companhias de tecnologia também registraram altas.

O índice de preços ao consumidor chinês avançou 1,5% em dezembro, ante um ano antes. Segundo o InfoMoney, a alta corresponde a uma desaceleração se comparado ao avanço de 2,3% em novembro.

No que diz respeito às commodities, os preços do petróleo, após alcançarem recordes na véspera, seguem avançando nesta quarta-feira. A cotação da véspera foi impulsionada pela oferta restrita e as expectativas de que o aumento dos novos casos de Covid dificultasse a recuperação da demanda global.

Confira os principais índices às 7h47:
 
IFIX [+0,082%]
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+1,92%]
S&P/A SX 200 [+0,66%]
Hang Seng [+2,79%]
Shanghai [+0,84%]
 
EUROPA
DAX [+0,38%]
FTSE 100 [+0,78%]
CAC 40 [+0,56%]
SMI [-0,07%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-0,71%]
US 2000 [+0,07%]
US Techs 100 [+0,30%]
US 500 [+0,21%]
 
COMMODITIES
Ouro [-0,04%] US$ 1.817,75
Prata [-0,17%] US$ 22,773
Cobre [+2,40%] US$ 4,5355
Petróleo WTI [+0,58%] US$81,69
Petróleo Brent [+0,36%] US$ 84,02
Minério de ferro futuro [+1,82%] US$ 126,75