O Ibovespa deu fim a sequência de quedas e encerrou em alta na quinta-feira (6), apesar de não ter sustentado a máxima atingida durante a sessão. O índice avançou 0,55%, aos 101.561 pontos, a elevação foi impulsionada pelas ações ligadas às commodities.
A alta das commodities se deu por conta da maior instabilidade no Cazaquistão, produtor da Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+). Na quinta-feira, a Rússia enviou paraquedistas ao país para ajudar a conter os conflitos, após ele ter se espalhado pelo ex-Estados soviético fortemente controlado.
Ainda por aqui, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o Refis para companhias do MEI e Simples por não haver uma compensação da perda da arrecadação. Contudo, em áudio vazado antes da sua live semanal, o presidente declarou a um auxiliar que “os caras queriam que eu vetasse o Simples Nacional”, como foi antecipado pelo InfoMoney.
Nesta manhã de sexta-feira (7), os mercados mundiais monitoram os conflitos no Cazaquistão e seu impacto sobre os preços do petróleo, além disso, a sessão será marcada por dados importantes divulgados nos Estados Unidos.
Os índices futuros norte-americanos avançam nesta data, à medida que investidores aguardam o relatório de empregos não-agrícolas, relativo a dezembro.
Na véspera, o Dow recuou 0,47% e o S&P caiu 0,1%, ambos seguem em direção ao fechamento de uma semana negativa. O Nasdaq, por sua vez, caiu 0,13%, sendo sua sétima sessão negativa, indo em direção ao mesmo destino dos outros dois mencionados.
Os resultados dos índices foram influenciados pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), em que foi sinalizado que a instituição irá reduzir os estímulos fiscais e sua carteira de ativos mais rápido do que o esperado.
Ainda no radar, nesta sexta-feira será divulgada o relatório de emprego. Analistas da Refinitiv aguardam a criação de 400 mil novos postos e que a taxa de desemprego fique em 4,1%. Na véspera, a ADP indicou a criação de 807 mil vagas no setor privado em dezembro.
As bolsas europeias operam sem sentido definido, também sendo afetadas pela decisão do Fed. As empresas de tecnologia sofrem maior impacto com o anúncio.
A inflação na zona do euro registrou uma alta inesperada em dezembro, provocando mais reações no Banco Central Europeu, que tem insistentemente subestimando as pressões dos preços e vem sendo criticado pelo comportamento.
A inflação de 19 países acelerou 5% no mês passado ante o anterior, indo para uma máxima para o bloco monetário e ficando acima da expectativa de analistas.
Na Ásia, as bolsas fecharam com desempenhos variados entre si, à medida que investidores também se atentando à posição mais rígida do Fed. Em Hong Kong, as ações do Shimao Group caíram 5,43% após a Reuters afirmar que a companhia deixou de arcar com suas responsabilidades em relação a um empréstimo de um fundo.
Confira os principais índices às 7h38:
IFIX [-0,10%]
ÁSIA
Nikkei 225 [-0,03%]
S&P/A SX 200 [+1,29]
Hang Seng [+1,82%]
Shanghai [-0,18%]
EUROPA
DAX [-0,15%]
FTSE 100 [+0,04%]
CAC 40 [+0,21%]
SMI [+0,10%]
ÍNDICES FUTUROS EUA
S&P 500 VIX [-0,24%]
US 2000 [+0,10%]
US Tech 100 [+0,27%]
US 500 [+0,21%]
COMMODITIES
Ouro [+0,09%] US$ 1.790,75
Prata [-0,12%] US$ 22,163
Cobre [+0,26%] US$ 4,3655
Petróleo WTI [+0,96%] US$ 80,22
Petróleo Brent [+0,96%] US$ 82,78
Minério de ferro futuro [+1,45%] US$ 125,94