O Ibovespa emendou mais uma queda consecutiva nesta quarta-feira (5), em reflexo da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. Além disso, o índice foi impactado pela alta do rendimento dos treasuries americanos.
A respeito da ata do Fomc, comitê de política monetária norte-americano, dirigentes afirmaram que a inflação está acima do esperado, deixando de ser transitória, por isso as condições para a alta do juros podem ser alcançadas em breve.
Outro ponto bastante repercutido entre investidores foi a sinalização do Fed de que deve passar a buscar a redução do tamanho do seu balanço patrimonial.
Em meio as notícias, o Dow Jones fechou em queda de 1,07%, o S&P 500 caiu 1,94% e a Nasdaq desvalorizou-se 3,34%.
Já o dólar teve sua terceira alta seguida frente ao real nos primeiros dias de negociação em 2022, encerrando a R$ 5,71.
Voltando ao Brasil, o risco de desequilíbrio fiscal, com mais gastos pelo governo, tem pesado negativamente no Ibovespa.
Bolsa
O principal benchmark da bolsa fechou com forte baixa de 2,42%, a 101.005 pontos.
Dólar
Apesar de ter caído durante boa parte do dia, a moeda norte-americana avançou 0,41%, a R$ 5,71, maior valor desde 21 de dezembro de 2021.
Ibovespa pela tarde
Às 16h55 (horário de Brasília), o índice despencava 2,15%, aos 101.284 pontos. Já o dólar subia 0,39%, sendo cotado a R$ 5,71.
Às 14h41 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa registrava baixa de 1,25%, aos 102.194 pontos. Já o dólar avançava 0,03%, sendo cotado a R$ 5,68.
Índice pela manhã
O Ibovespa abriu o pregão desta quarta-feira (5) com recuo de 0,34%, aos 103,147 pontos, à medida em que ainda há papéis em leilão. O dólar apresentou leve queda também de 0,1%, sendo negociado a R$ 5,68 por volta das 9h40.
Os papéis do Inter unit, Rumo ON e Americanas PN despencaram 4,40%, 2,99% e 3,88%, respectivamente por volta das 10h10. A queda ocorreu antes do leilão. Também sentindo uma contração, a JBS caiu 1,92%, às 10h8, após parlamentares dos EUA e Europa solicitarem uma investigação contra a companhia.
Ainda na agenda doméstica, investidores voltam suas atenções para indicadores econômicos que serão divulgados. O Índice de Gerente de Compras do setor de serviços ficou em 53,6 em dezembro, apontou o PMI Markit. O que sinaliza uma melhora para o setor.
Nos mercados internacionais, investidores buscam pistas na ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sobre uma possível elevação da taxa de juros para controlar a inflação.
No radar corporativo nacional, o destaque está na provação de uma oferta primária de units pelo Conselho de Administração da BR Partners, que ocorre à medida que a Equatorial recebe a autorização de seus acionistas para a aquisição de ações representativas de 100% do capital social total e votante da Echoenergia Participações.
Entre as ações que apresentaram maiores altas estão a Vale, com avanço de 0,97%, a R$ 77,86, a Minerva, com elevação de 1,08%, a R$ 10,30 e a BRF, com salto de 4,97%, cotada a R$ 23,29. Já entre as maiores baixas estão Banco Inter (4,40%), Banco Pan (3,50%) e as Lojas Americanas (3,88%).
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) da B3 iniciou o pregão com um recuou de 0,01%, aos 2.787 pontos.
O fundo RFOF11 registrou a maior alta, com avanço de 3,93%, sendo cotado a R$ 75,22. Já o VILG11 apresentou a maior perda, com queda de 2,52%, a R$ 95,78.
Pré-abertura da Bolsa
Na manhã desta quarta-feira (5) as bolsas mundiais operam sem direção definida, com a Europa apresentando um leve avanço e os índices futuros norte-americanos registrando ganhos e perdas. Já a maior parte das bolsas asiáticas fecharam em queda.
Os mercados seguem atentos às elevações das taxas de juros, que removeram os índices Nasdaq e S&P 500 dos recordes nos Estados Unidos na terça-feira, com o aumento do rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA.
Confira a pré-abertura da Bolsa na íntegra aqui.