O Ministério da Economia reportou nesta segunda-feira (3) que a balança comercial brasileira encerrou o ano de 2021 com o superávit de US$ 61 bilhões, o equivalente a R$ 33,9 bilhões na cotação atual.
Um superávit representa que as exportações de um país foram em maior valor que as importações. Ou seja, o país vendeu mais do que comprou, dessa forma mais dinheiro entra no país quando comparado a quantia que saiu por meio das importações.
O valor representa um avanço de 21,1% frente ao saldo obtido ao final de 2020, utilizando como base a média diária, quando a balança teve superávit de US$ 50,4 bilhões (valor revisado), aponta a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), responsável pelo levantamento através da pasta de economia.
O resultado positivo foi reflexo do avanço da indústria extrativa em meio a disparada do preço de commodities como o petróleo e o minério de ferro, que registrou uma alta de 62%. Também destaca-se a indústria de transformação, que registrou o aumento de 26% e por fim o agronegócio que obteve o crescimento de 22%.
No acúmulo anual, em 2021 as exportações atingiram US$ 280,4 bilhões (R$ 1,58 trilhões, na cotação atual) enquanto que as importações US$ 219,4 bilhões (R$1,24 trilhões). Considerando a média diária, o Brasil exportou 34% a mais na comparação com 2020, e registrou importações 38,2% maiores no período.
Embora o resultado seja de recorde, os números vieram abaixo das projeções da Secex, que estimava saldo de US$ 70,9 bilhões (R$ 401,8 bilhões). A expectativa para esse ano é de que a balança comercial encerre com superávit de US$ 79,4 bilhões (R$ 450 bilhões), quando irá atingir um avanço de 30% frente à 2021.