Fed ameaça mais as Bolsas que Ômicron, diz Stanley

Os analistas do Morgan Stanley afirmam não estarem tão preocupados com a Ômicron como fator de risco ao mercado

Os investidores das bolsas de todo o mundo devem se preocupar com questões mais importantes do que o surgimento de uma nova variante do coronavírus, avisam estrategistas do Morgan Stanley. Os analistas do banco afirmam que as decisões do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) sobre a redução acelerada da compra de ativos podem se tornar um grande obstáculo ao mercado.

“A diminuição de estímulos é um aperto nos mercados e levará à queda das avaliações, como sempre acontece nesta fase de qualquer processo de recuperação”, escreveram os estrategistas liderados por Michael Wilson na nota distribuída a clientes.

Os comentários são semelhantes aos de outros estrategistas, incluindo o time do JPMorgan Chase, que citou a nova postura mais restritiva dos bancos centrais como maior risco para as bolsas. Mas enquanto o JPMorgan reiterou na segunda-feira que seu cenário base é de continuidade da alta das ações no ano que vem, o Morgan Stanley espera queda do S&P 500 e das avaliações das ações.

“Os mercados de renda variável estão retomando o processo de reavaliação iniciado há mais de nove meses por vários motivos”, escreveram os estrategistas do Morgan Stanley. Eles preveem que a razão entre preço e lucro futuro das componentes do índice S&P 500 cairá 12%, com um recuo potencialmente maior “à medida que os investidores das bolsas começam a exigir prêmios de risco muito mais elevados em antecipação a juros de longo prazo consideravelmente maiores.”