Small caps são mais afetadas pela Ômicron

Variante do coronavírus tem atingido mais as ações de empresas de menor capitalização de mercado

A variante do coronavírus Ômicron tem atingido mais as ações de small caps, empresas de menor capitalização de mercado, do que as blue chips, companhias de grande valor. Desde de o dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, o Russell 2000, índice de mercado de ações de baixa capitalização, caiu 7,4%.

Na semana passada, o indicador teve queda após um movimento de correção, com perdas de mais de 10% em relação ao recorde atingido em novembro. O índice S&P 500, que reúne grandes empresas, registrou tombo de 3,5%.

As perdas impactaram o mercado de small caps dos EUA. Entre as quedas, estavam ações de companhias financeiras, de tecnologia, saúde e energia. No Russell 2000, as ações mais afetadas foram a de empresas farmacêuticas e de biotecnologia.

As ações de small caps estão mais inclinadas a serem afetadas aos possíveis bloqueios devido a variante Ômicron do coronavírus, além da decisão dos consumidores de ficarem em isolamento domiciliar. Segundo o Estadão, essas empresas possuem menor diversificação de linhas de negócios do que as concorrentes de maior porte, fator que torna esse tipo de investimento arriscado diante da realidade da pandemia. 

Algumas semanas atrás, o mercado de ações, e as empresas de pequeno porte, apontaram desempenho positivo, registrando níveis históricos. Em 2020, no início da pandemia de Covid-19, frente a uma onda de liquidação, o Russell 2000 caiu mais do que o S&P 500. Entretanto, com os testes promissores de vacinas contra a doença, aumentaram as expectativas para recuperação econômica, contribuindo para um período de liderança para as small caps.  
 
Especialistas estimam que os lucros das empresas do Russell 2000 devem crescer 170% no quarto trimestre de 2021, em relação a um ano antes, ante um crescimento de 22% das empresas S&P 500, conforme dados da Refinitiv.

 

A BP Money apenas reproduz análises com intenção de levar matérias de cunho jornalístico para democratizar o direito a informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.