SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Petrobras ainda não definiu quando abrirá a licitação para as obras de conclusão da Refinaria Abreu e Lima, suspensas desde que a Operação Lava Jato expôs um esquema de corrupção envolvendo dirigentes da estatal e empreiteiras responsáveis pela construção, entre elas Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS.
Anunciada no mês passado, com a divulgação do novo plano de investimentos da companhia, a retomada do empreendimento tem como objetivo viabilizar a venda da refinaria, tornando o ativo mais atraente para investidores. A Petrobras estima que gastará US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões hoje) para concluir as obras.
Não há previsão de restrições para as empreiteiras atingidas pelas investigações. As três enfrentam dificuldades financeiras, mas todas fizeram acordos de leniência para colaborar com os investigadores e adotaram sistemas de controle interno mais rigorosos, para voltar a contratar com o setor público.
Estima-se que a Refinaria Abreu e Lima tenha consumido US$ 18 bilhões (R$ 102 bilhões) até a paralisação das obras. O empreendimento foi projetado nos governos do PT para aumentar a produção nacional de derivados de petróleo, principalmente diesel, óleo combustível e nafta.