Com o objetivo de responder a altura a oferta de comprar que recebeu do grupo KKR, a Telecom Italia está tentando montar uma lista de candidatos para assessorá-la no que seria o maior negócio de private equity da história do continente europeu.
Contudo, o que parece estar empacando a resposta da empresa são as divisões internas do maior grupo telefônico da Itália, que foi avaliada em e 33 bilhões de euros, incluindo dívidas.
As coisas parecem estar mais tensas após Luigi Gubitosi deixar o cargo de presidente-executivo, forçado pelos acionistas depois do confronto entre Gubitosi e o principal investidor do grupo, a Vivendi, e membros independentes do conselho.
Então, para estudar a abordagem da KKR, a Telecom Italia entregou a supervisão dos ativos estratégicos do grupo ao presidente Salvatore Rossi, que criou um comitê especial. Ainda assim a alta administração permanece no limbo, dividindo o conselho em pontos importantes.
Duas fontes que entendem do assunto informaram que os representantes da Vivendi e outros membros do conselho estão pressionando por uma reforma completa do colegiado depois que Gubitosi se recusou a renunciar formalmente ao conselho, impedindo que o novo diretor-geral, Pietro Labriola, fosse nomeado presidente-executivo na última semana.
A KKR afirmou que disse que qualquer negócio depende do apoio do governo italiano, assim como do conselho da Telecom Italia.
Com potencial para cumprir o papel de assessorar a Telecom Italia, O Goldman Sachs (GS), a divisão da Intesa IMI CIB e o Bank of America foram escalados antes que Gubitosi se afastasse, disseram outras fontes, completando que a situação segue incerta.
A oferta não vinculante da KKR também depende de uma ‘due diligence’ de quatro semanas, que precisará de luz verde da Telecom Italia. Nenhuma reunião extraordinária do conselho foi convocada até o momento antes de uma reunião programada para 17 de dezembro.