A Petrobras ofereceu para as distribuidoras de gás natural canalizado que terão seus contratos expirados ao fim deste ano, uma renovação da proposta de fornecimento do insumo para os próximos quatro anos, no qual adiciona um reajuste com aumento de 50% no preço atual.
De acordo com a nova proposta, durante o primeiro ano de vigência dos novos contratos, o preço avançaria de aproximadamente US$ 8 para US$ 12 por milhão de BTU (unidade térmica britânica).
Já nos anos consecutivos, o contrato visa que haveria redução dos valores, a depender do preço internacional do petróleo e do dólar, levando em consideração o eventual aumento da oferta da molécula por outros produtores.
Distribuidoras e indústrias apresentaram críticas severas sobre a proposta e os termos que constam nela, com a argumentação de que a depender da extensão contratual, o valor passaria para até US$ 35 por milhão de BTU.
Em resposta, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) agiu através da representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), expondo que o reajuste pode ser classificado como “práticas anticompetitivas” da Petrobras.
A estatal se defendeu afirmando que “reforça seu compromisso em oferecer às distribuidoras de gás natural mecanismos contratuais para reduzir a volatilidade e conferir mais previsibilidade aos preços do produto, mantendo o alinhamento com o mercado internacional”.