Até quatro semanas atrás, as condições de abastecimento normal do etanol hidratado para os próximos meses eram preocupantes, apesar do setor não ter confirmado oficialmente.
O que amenizou o cenário para uma entressafra mais longa foi a queda brusca do biocombustível, que junto a perda de competitividade frente à gasolina, diminuiu as chances de estoques limitados pela produção em quedas constantes, e com safra praticamente encerrada.
É a terceira semana seguida em que o produto cai nas usinas, nesta última a queda foi de 3,31% (R$ 3,5351), segundo o Cepea, depois de aumentos pesados nos períodos anteriores. Esse resultado acaba gerando recuos diários nas distribuidoras.
De 22 a 26 deste mês, nas bombas o etanol caiu 0,35%, na média nacional em torno de R$ 5,395, enquanto o derivado do petróleo, por sua vez, manteve a estabilidade.
Somente quedas maiores podem resultar na volta de elasticidade à paridade com a gasolina, que estava acima de 80% na semana anterior, e voltar a fazer a cadeia remarcar os preços para manter a demanda equilibrada com a oferta na marca d’água.