O Black Rock vendeu ações da Azul (AZUL4), deixando a gestora de ativos ficou com 4,94% das ações da Azul após a venda. O anuncio dessa venda foi informado pela companhia aérea nesta segunda-feira (22).
De acordo com a empresa, “o objetivo das participações societárias é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia”.
O setor de viagens espera retomar as atividades com mais força após o período mais grave da pandemia e das restrições necessárias e, quem sabe, até mesmo superar os patamares de 2019 em 2022. Entretanto, essa é de longe uma tarefe difícil, principalmente para as viagens corporativas.
Isto acontece porque o principal filão desse segmento, a Ponte Aérea Rio–São Paulo, nunca mais será a mesma. Nos períodos que antecederam o covid-19, rota que liga os dois maiores centros financeiros do país movimentava aproximadamente de 26,5 mil pessoas por dia, somando mais de 100 voos.
“Esse movimento vai diminuir, porque os contatos foram muito facilitados com a chegada de plataformas como Zoom e Google Meet “, disse o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), Gervasio Tanabe.
No entanto, isso não significa o fim das companhias aéreas que operam essa rota. Tanabe ressalta que, por mais importante que ela seja, a Ponte Aérea Rio-São Paulo responde por apenas cerca de 10% dos voos domésticos.
Para o CEO da Trevisan, a Azul é a empresa que pode se prejudicar mais com a retração da ponte aérea, devido a contar com poucos voos internacionais. Em contrapartida, é, também, a que possui mais trunfos para lidar com a situação.