A atividade econômica brasileira recuou 0,1% no terceiro trimestre, em comparação com o período anterior, após uma alta de 0,3% em setembro ante ao mês de agosto, na análise da série dessazonalizada, disse o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
Na comparação interanual, a economia cresceu 4,1% no terceiro trimestre deste ano e 2,4% em setembro.
“A economia brasileira reverteu a trajetória de recuperação que havia sido observada nos terceiro e quarto trimestres de 2020 e no primeiro trimestre deste ano, comparativamente aos trimestres imediatamente anteriores. No segundo e terceiro trimestres deste ano ocorreram duas taxas negativas de 0,1% em comparação aos trimestres imediatamente anteriores. Por sua vez, a taxa acumulada em 12 meses, até setembro, foi de apenas 3,7%”, afirmou o coordenador do Monitor do PIB, Cláudio Considera, em comentário no relatório.
O especialista destaca ainda que no “setor de serviços tem relevância a atividade de outros serviços, que representa cerca de 15% do PIB, que chegou a ter taxa mensal negativa de 22,7% e que apresentou taxas positivas elevadas a partir de abril deste ano”.
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O consumo das famílias cresceu 4,4% no terceiro trimestre ante ao mesmo período do ano passado, segundo o FGV Ibre. O resultado foi impulsionado pelo crescimento de serviços (8,9%). Em contrapartida, o componente de produtos duráveis apresentou sua primeira queda em doze meses (-1,7%).
A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 11,8% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo a FGV. Todos os componentes mantiveram a trajetória de crescimento, com destaque para redução no crescimento de máquinas e equipamentos.
A exportação apresentou crescimento de 0,8% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo a FGV, que destaca o elevado crescimento do setor de serviços (32,5%).
A importação registrou alta de 28,5% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo o FGV Ibre. Foi registrado crescimento de todos os componentes da importação, com principal destaque para o crescimento de bens intermediários (32,4%) e da extrativa mineral (71,4%).
O FGV Ibre estima que o PIB no acumulado do ano até setembro de 2021, em valores correntes, foi de R$ 6.338.315 milhões, ou R$ 6,34 trilhões.
