Analistas do Itaú mantiveram recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações da Méliuz nesta quarta-feira (17). O preço-alvo estabelecido pelos especialistas foi de R$ 11 por papel, em uma alta de 208,9% em relação à cotação do último ao pregão, quando encerrou em R$ 3,56. Relatório veio após a divulgação do balanço trimestral da startup, que apontou reversão de lucro para prejuízo de R$ 2,95 milhões.
O Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, da companhia também ficou negativo no terceiro trimestre, em R$ 9,3 milhões, enquanto o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 9,9 milhões, decepcionando os investidores.
O resultado pode penalizar as ações da empresa, que registrou a pior performance do Ibovespa em outubro, com queda de 45%, como outros papéis de tecnologia. A Méliuz tem sofrido com as previsões de juros mais altos, que impactam diretamente os custos de seu plano de crescimento.
Porém, os analistas do Itaú acreditam que os papéis da Méliuz podem ser um componente interessante para as carteiras de longo prazo, por conta da forte evolução do e-commerce. Eles também afirmaram que os números da startup foram em linha com as estimativas.
O Itaú BBA diz que os resultados vieram em linha com as estimativas, com destaque para a receita líquida, que ficou um pouco acima da projeção, com queda marginal na lucratividade devido aos esforços da empresa em expandir sua equipe para suportar o crescimento orgânico.
Outros relatórios como o da XP, Morgan Stanley e Bradesco, seguem a mesma linha dos analistas do Itaú e não se mostraram surpresos com o balanço da Méliuz.
Por volta das 17h15, os papéis da startup de cash subiam 3,09% cotados a R$3,67.
A BP Money apenas reproduz análises com intenção de levar matérias de cunho jornalístico para democratizar o direito a informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.