Vale a pena investir no fundo ARCT?

Fundo Riza Arctium Real Estate é um FII do tipo híbrido que possui gestão ativa e atua com prazo indeterminado

O fundo Riza Arctium Real Estate (ARCT), ticker ARCT11, é um Fundo de Investimento Imobiliário (FII) do tipo híbrido que possui gestão ativa e atua com prazo indeterminado. Atualmente a taxa de administração desse fundo é de 1% ao ano sobre o patrimônio líquido do fundo, que é de cerca de R$ 164 milhões. 

O ARCT11 atua no segmento de galpões logísticos e o foco dos seus investimentos está em imóveis ou em títulos imobiliários. O fundo pode realizar aquisição direta de imóveis ou direitos reais sobre imóveis, prontos ou em construção. Suas propriedades estão espalhadas entre Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Confira;

Ativos
Local
Terreno (m²)

Polygin
Goiânia – GO
33.885

Voar
Goiânia – GO 
93.372

Granol
Jataí – GO 
39.855

Andorinha 1
Campo Grande – MS
10.542

Andorinha 2
São Paulo – SP
8.158

Monte Carlo 2
Corumbataí – SP
127.884

Monte Carlo 1
Mirassol – SP
8.512

Monte Carlo 2
Corumbataí – SP
127.884

Comfrio
Caucaia – CE
38.850

O Head de renda variável da BP Money, Pedro Queiroz, avalia o ARCT11 como promissor. “Primeiro é um fundo que tem muito a crescer, um fundo de mais ou menos R$ 164 milhões, é um fundo que está pagando um bom juros e que está com um certo desconto, mas em linha com o mercado, não está tão descontado assim, mas o dividend yield [rendimento de dividendo, em português] que ele está pagando vale mais a pena”, explica. 

Conforme o Riza, seu principal objetivo é obter retornos consistentes acima do do benchmark de IPCA+5% ao ano investindo em uma carteira imobiliária diversificada. Já o retorno-alvo do ARCT11 é o IPCA+7% a 8% ao ano, líquido ao investidor, no longo prazo. 

Os dividendos desse fundo são pagos mensalmente, com a data-base para divulgação do valor no décimo dia útil do mês, com pagamento efetuado normalmente em uma semana após a publicação dos valores. 

O cap rate (cp), número que representa a porcentagem da renda anual adquirida através de um imóvel sobre o seu valor, tem sua maior concentração de 64,2% em cp de 9% a 9,5%. 

“O processo de investimento se baseia na identificação de ativos imobiliários, que proporcionem atrativos retornos ajustados ao risco, através de uma profunda análise fundamentalista e rigorosa diligência jurídica e de crédito”, diz a Riza Asset Management.

Mas por que investir? 

A decisão da realização de um investimento depende muito dos objetivos do investidor, mas para pôr as ideias na balança é necessário avaliar os pontos positivos e negativos. 

Uns dos pontos que o Head de renda variável da BP Money analisa são que a característica do fundo ser híbrido proporciona uma segurança maior e o fundo consegue ter ativos com bom cap rate, além de poder migrar com uma boa carteira de papel CRI’s (Certificado de Recebíveis Imobiliários) indexados a inflação e a CDI (Certificados de Depósitos Interbancários).

“Outro ponto importante é que desde de seu IPO (oferta pública inicial) o retorno deles da IPO chega a ter um retorno por cota de produtos de mais ou menos de R$ 33, que é algo relevante, e o último retorno de R$ 1,40. Se a gente for botar os R$ 33 desde de o IPO em relação a cota patrimonial, ou seja, essa relação com a cota que está sendo negociada, dá um resultado de 32% desde o IPO. Agora, se você pegar em relação à última distribuição de R$ 1,40 vai dar um resultado de 1,41% mais ou menos”, explica Queiroz. 

Mas respondendo a pergunta: Por que investir? Para o especialista, esta é a oportunidade para quem quer entrar no segmento de renda passiva. 

“É uma ótima oportunidade para quem está buscando uma renda passiva, pois essa renda passiva está pagando um bom dividend yield. Tem uma variação de cota, uma variação de renda patrimonial por ser renda variável e por está ali muito parecido com ações, mas ele tem essa previsibilidade maior de pagar dividendos objetivos, tendo um dividend yield maior do que a gente encontra em bolsa ou em outros ativos do mesmo segmento”, examina Queiroz.