A Magazine Luiza encerrou derretendo a 12,11% no pregão desta terça-feira (16), ampliando ainda mais as perdas da última sessão, quando despencou 16,70%. A companhia segue sofrendo com a repercussão de seu balanço corporativo, no qual apontou recuo de quase 90% no lucro líquido do terceiro trimestre, considerado “fraco” pelos especialistas (veja mais aqui).
A varejista lidera as baixas do Ibovespa no mês, com desvalorização de 31,79%, o principal benchmark da B3 acumula queda de 8,76% no mesmo período. No ano, a Magalu está entre os 10 maiores declínios do Ibovespa . O setor de varejo, no geral, vem sofrendo com as especulações do avanço da inflação e da taxa de juros, índices que impactam diretamente no poder de consumo da população.
O Banco Central divulgou o Boletim Focus nesta terça, os economistas esperam que o IPCA avance para 9,77% neste ano, a projeção anterior era de 9,33%. A inflação acumula alta de 10,67% nos últimos 12 meses. Em relação ao juros, a Selic recebeu incremento de 1,5 ponto percentual recentemente, sendo a maior alta desde 2003, chegando a 7,75% no seu maior patamar dos últimos 4 anos (veja mais aqui).
Analistas do Banco do Brasil opinaram que a queda da Magazine Luiza é “exagerada” e não condiz com a situação atual da empresa. “Entendemos que esse desempenho não se justifica, dadas as diversas iniciativas que a Magazine Luiza tem em andamento e que proporcionam à companhia crescimento expressivo trimestre após trimestre mesmo com fortes bases comparativas”. disse especialista do BB, Georgia Jorge.
A analista completou afirmando que recomenda a compra das ações da Magazine Luiza, a sugestão anterior era de manutenção de ativos. Jorge prevê valorização dos papéis da varejista, com um preço-alvo de R$ 22,90.
As ações da Magalu encerraram o pregão desta terça cotadas a R$ 9,74.
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