Em meio a diversos ciberataques, a brasileira Koin, fintech da Decolar, quer expandir sua operação de soluções antifraude para países como México, Equador, Colômbia, Argentina e Uruguai. A companhia é uma das pioneiras no BNPL (crediário digital), e pretende expandir para chegar em até 20% de market share no e-commerce de toda a América Latina ao longo dos anos, levando suas demais verticais de crédito e meios de pagamento.
O processo de internacionalização da fintech foi impulsionado durante a pandemia da covid-19. No ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, ocorreram 6 milhões de operações fraudulentas no Brasil. Além disso, o grupo Decolar adquiriu a empresa a em 2020.
“A Decolar sempre foi nossa grande parceira e ainda é o carro chefe em termos de receita. Mas não existe uma dependência: Descomplica e outras edtechs são responsáveis por boa parte da operação, ao lado de outras como Dr. Consulta e Trocafone”, disse o CEO da Koin, Gabriel Franco, ao Pipeline. “No ano passado tivemos que arrumar a casa porque estávamos 100% focados em turismo ainda”.
Franco acredita que a entrada da operação de crediário no México, onde a companhia já atuava no segmento de soluções contra ciberataques, é um passo significativo. Desde 2019, a empresa já financiou mais de R$ 500 milhões para aproximadamente 400 mil clientes cadastrados a um ticket de cerca de R$ 2 mil.
A Koin pivotou de um modelo de boletos pós-pagos para o BNPL em 2017, tendo como um de seus grandes clientes a Decolar (atual acionista majoritária), a companhia que atua no mercado desde 2014.
A companhia foi fundada pelo advogado Ricardo Siqueira, que também criou a MaxiPago (comprada pela Rede, do Itaú, em 2014). Atualmente, segundo o Pipeline, ela atua em grandes fundos no cap table. Em 2018, a fintech realizou uma rodada série A com o IFC (braço do Banco Mundial) e a firma de venture capital europeia Speed Invest.