Recentemente o Itaú Unibanco atingiu um recorde histórico na emissão de cartões de crédito, quando no terceiro trimestre deste ano lançou 4,7 milhões de cartões digitais. Analisando o histórico do banco, faz parte de sua trajetória ultrapassar os limites já estabelecidos. Em 2019, o Itaú Unibanco teve o segundo maior faturamento de um banco na história do Brasil, com R$ 26,5 bilhões, ficando somente atrás de si mesmo em 2015, quando faturou R$ 27,6 bilhões.
Já neste ano, o lucro líquido contábil foi de R$ 5,780 bilhões somente no terceiro trimestre. O resultado representa um crescimento de 28,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando reportou ganhos de R$ 4,492 bilhões. O banco segue se destacando, isso pode ser notado com as mais de 4.000 agências espalhadas pelo Brasil, 29 mil caixas eletrônicos e 40 milhões de clientes.
Fundado por Alfredo Egydio de Souza Aranha, um advogado e empresário empreendedor, em 1943, na pequena cidade de Pratápolis, distrito de Itaú, Minas Gerais, o até então chamado Banco Central de Crédito teve sua sua primeira agência na sede situada na Rua Benjamin Constant, em São Paulo, no dia 2 de janeiro. No período de uma década de funcionamento, o banco possui 24 agências e 113 funcionários.
As décadas de 60 e 70 foram marcadas por diversas incorporações, fusões e aquisições, desta forma o banco já possuía uma certa alavancagem e engatinhava para a sua primeira aquisição, sob o Banco Paulista de Comércio, em 1961. O banco tinha a necessidade de acelerar o seu desenvolvimento, para isso negociou sua primeira fusão, que se deu com o Banco Itaú S.A, um ligado a empresários mineiros. Com essa fusão, surgiu o Banco Federal Itaú S.A. Neste período já existiam 112 agências, estendidas pelos seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Guanabara, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.
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AGE
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Mais adiante em 1966, houve a segunda fusão, desta vez com o Banco Sul Americano do Brasil, que proporcionou o montante de 184 agências criando o Banco Federal Itaú Sul Americano S.A.
A década de 70 foi um período marcado pelo rápido crescimento, onde não só houve crescimento interno como também foram multiplicados os números de aquisições do banco. Em 1994, foram fundados os Bancos Itaú Europa, Itaú Argentina e Itaú Bank (Cayman), ampliando a visão e a operação internacional do conglomerado financeiro. No ano seguinte, teve início uma nova fase de expansão por meio de aquisições. O Itaú adquiriu o BFB – Banco Francês e Brasileiro, reforçando sua posição no segmento de clientes de alta renda, tesouraria e corporate banking.
Neste mesmo período houve o processo de privatização de bancos estatais proporcionada pelo então presidente da república Fernando Henrique Cardoso, que funcionou como a principal causa da expansão do Itaú na década de 90. Em maio de 2006, o banco comprou, por US$ 2.2 bilhões, as operações do BankBoston (subsidiário do Bank of America) no Brasil, Chile e Uruguai. Com a operação, o Itaú agregou 5.500 clientes, 200 funcionários especializados e US$ 3.666 bilhões em ativos, dobrando sua carteira de private banking no exterior.
Pulando para meados dos anos 2008 o Itaú anunciou a enorme união com a Unibanco que o tornou o maior banco do país e o maior grupo financeiro do hemisfério sul. A união, que resultava em ativos combinados em mais de R$ 623 bilhões, tornou o valor de mercado o colocou na lista dos 15 maiores bancos das Américas. Neste período, a instituição financeira atingiu o potencial de competir no cenário internacional com os grandes bancos mundiais, com ativos no valor de US$ 261,6 bilhões.
