Índice de referência do mercado acionário brasileiro acumulou perdas de 2,63% durante a última semana de outubro e ampliou ainda mais a pior pontuação de 2021, no mês o Ibovespa soma queda de 6,74%. O período foi marcado pela pressão inflacionária, aumento do juros e incertezas em questões como a PEC dos Precatórios e o Auxílio Brasil. No cenário internacional, as bolsas continuaram usufruindo dos bons resultados corporativos. O dólar recuou 0,19% durante a semana e avançou 3,7% no mês.
Segunda
O principal índice da Bolsa de Valores encerrou o pregão com um salto de 2,28% na segunda-feira (25). O Ibovespa aproveitou a repercussão da notícia de um suposto projeto de privatização da Petrobras.
Em relatório Focus, economistas projetam inflação a 8,96% ao final deste ano, para 2022 a expectativa é de 4,4%. A previsão para os juros até o final de 2021 ficou em 8,75%.
Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 bateram novos recordes de pontuação. As bolsas norte-americanas continuavam usufruindo da excelente temporada de resultados corporativos trimestrais.
O principal benchmark encerrou a sessão em alta de 2,28% a 108.714 pontos, com volume negociado de R$ 32 bilhões. O dólar caiu 1,27% a R$ 5,555 na compra e 5,556 na venda.
Terça
O principal índice da Bolsa de Valores brasileira despencou 2,11% no encerramento da sessão de terça-feira (26). O mercado repercutiu os aumentos das prévias para a inflação após a divulgação do IPCA-15. Os investidores aguardavam a reunião do Copom para a decisão do reajuste da taxa de juros.
O IBGE divulgou que o IPCA-15, conhecido como prévia da inflação, somou alta de 1,20% durante outubro, registrando sua maior variação para o mês desde 1995.
Após a publicação da prévia da inflação, especialistas da XP aumentaram as suas estimativas para o reajuste da taxa de juros. A casa aguardava um acréscimo de 1,25% na Selic e depois os analistas corrigiram a expectativa para 1,5%.
Nos Estados Unidos, as Bolsas de Nova York bateram novo recorde na sessão, os índices Dow Jones e SP&500 ampliaram as suas máximas históricas. Se beneficiando novamente da boa temporada de resultados corporativos.
O Ibovespa fechou a sessão em queda de 2,11% a 106.419 pontos, o volume negociado ficou em R$ 27,1 bilhões. O dólar encerrou o dia em alta de 0,32% a R$ 5,572 na compra e R$ 5,573 na venda.
Quarta
O principal benchmark da Bolsa de Valores brasileira encerrou em queda de 0,05% no pregão de quarta-feira (27), mesmo após divulgação de bons resultados corporativos. O mercado mantinha expectativa negativa em relação à decisão do Copom sobre o reajuste da taxa de juros.
Os resultados trimestrais do Santander e da Gerdau se destacaram. O banco reportou lucro líquido de R$ 4,3 bilhões no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 12,5% na comparação com o mesmo período de 2020. Já a fornecedora de aço, registrou lucro líquido de R$ 5,59 bilhões no intervalo, alta de 604% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
O mercado aguardava pela decisão do reajuste da taxa de juros pelo Copom, a expectativa, após a divulgação do IPCA-15, é que a Selic, hoje em 6,25%, tivesse alta de 1,5 ponto percentual e alcance 7,75% ao ano. Alguns analistas acreditam que o acréscimo seria de 2 pontos percentuais.
Nos Estados Unidos, as bolsas encerraram em queda pela primeira vez em quatro sessões, devolvendo parte dos ganhos.
O Ibovespa fechou em queda de 0,05% aos 106.363 pontos, o volume de negócios foi de R$ 27,7 bilhões. O dólar encerrou em baixa de 0,28% a R$ 5,553 na compra e R$ 5,554 na venda.
Quinta
O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,62% na quinta-feira (28). A sessão foi marcada pela alta volatilidade com os bons resultados trimestrais impulsionando o benchmark, junto com o cenário inflacionário e de riscos fiscais puxando o indicador para o vermelho.
O Copom aumentou a taxa básica de juros de 6,25% para 7,75%, elevando a Selic em 1,5 ponto percentual na noite de quarta-feira (27). Resultado já era esperado pelos analistas desde a divulgação do IPCA-15.
As ações da Ambev lideraram os ganhos do Ibovespa com alta de 9,72%, após divulgação dos resultados trimestrais. A cervejaria registrou lucro líquido de R$ 3,712 bilhões, correspondendo a um aumento de 57,4%.
Nos Estados Unidos, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 2%, menos que as estimativas que aguardavam por uma alta de 2,7%.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que não mexerá na sua atual política monetária, apesar das pressões inflacionárias.
O Ibovespa recuou 0,62% na sessão, o volume de negócios foi de R$ R$ 29,4 bilhões. O dólar avançou 1,26% a R$ 5,624 na compra e R$ 5,625 na venda.
Sexta
O principal índice da Bolsa de Valores encerrou o pregão em queda de 2,09% nesta sexta-feira (29). O Ibovespa repercutiu os resultados da Petrobras e Vale, sendo a mineradora registrando números abaixo das estimativas. Além disso, o mercado seguiu receoso com os possíveis riscos fiscais, após falas do secretário do Tesouro.
Os investidores ficaram preocupados com a Petrobras, após sinalização de um possível controle de preços dos combustíveis pelo Governo Federal. Os papéis ordinários e preferenciais da petroleira lideraram as perdas do Ibovespa durante a sessão, com quedas de 6,49% e 5,90%, respectivamente
A Vale reportou lucro líquido de R$ 21,96 bilhões, uma alta de 33,6%. O resultado veio abaixo das estimativas, que aguardavam lucros de R$ 28,23 bilhões. As ações da companhia também foram uma das maiores quedas do Ibovespa, com baixa de 2,84%.
Nos Estados Unidos, as Bolsas encerraram o mês com crescimento recorde, a sessão desta sexta-feira seguiu o ritmo e também encerrou em alta, mesmo após resultados decepcionantes da Amazon e da Apple.
O Ibovespa despencou 2,09% a 103.500 pontos, o volume negociado no dia foi de R$ 33 bilhões. O dólar avançou 0,37% a R$ 4,646 na compra e na venda.