O quadro de deterioração fiscal se agravou depois da “licença para gastar” do ministro Paulo Guedes. Isso levou especialistas e investidores do mercado a buscarem proteção contra a inflação.
Nos últimos dias, os contratos DIs, que são a referência para as expectativas sobre juros, dispararam, em um reflexo da expectativa dos investidores de que o risco sobre as contas públicas gere uma fuga de capital estrangeiro.
Por isso, alguns ativos foram considerados promissores nesse momento, com o Tesouro IPCA+2026 entre eles, sendo o prazo mais curto, estava nesta terça-feira (26) com a rentabilidade anual de o índice oficial de inflação somado a uma taxa de 5,18%.
CDBs, LCIs e LCAs também podem surfar com a inflação, já que a dinâmica sobre o IPCA é válida para qualquer remuneração pós-fixada, lembra o economista e sócio da BRA Investimentos, João Beck. O especialista recomenda buscar por certificados de bancos disponíveis em grandes plataformas, mas respeitando o limite de R$ 250 mil que é coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
Já as ações, em meio a uma queda acentuada do Ibovespa e a volatilidade dos últimos dias, é natural esperar que fundos multimercados tenham uma performance ruim, diz Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos.