A nova valorização do dólar americano frente ao real pode promover uma nova rodada de reajustes nos preços dos alimentos, o que há vários meses pressiona os orçamentos das famílias brasileiras, principalmente das mais pobres.
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em setembro os alimentos comprados nos supermercados estavam 14,66% mais caros em relação ao mesmo período de 2020.
Rio Branco (AC) foi o local que os preços apresentaram maior alta. O custo da alimentação no domicílio subiu 21,23% nos últimos 12 meses, já e em São Luís (MA), 17,38%.
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O coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), André Braz, destaca: “Desde o dia 7 de setembro, o dólar acumula uma valorização de 10% em relação ao real, o que significa mais possibilidade de termos pressão de inflação de alimentos”.
Braz ainda explica que à medida que os efeitos da crise hídrica foram se apaziguando sobre as lavouras, a questão cambial foi se agravando.
