O que o PayPal quer com o Pinterest?

Todo o interesse é uma estratégia para se consolidar como um superapp

A possível negociação do PayPal para comprar o Pinterest, foi publicada pela agência de notícias Bloomberg e já atraiu muitos holofotes para o mercado de tecnologia. 

Apesar do valor de compra de US$ 45 bilhões, as atenções se voltaram para uma questão em particular: afinal, o que o PayPal quer com o Pinterest? O investimento mais polpudo da empresa de pagamentos não confirmou nenhum dos supostos interesses, então foi a vez de alguns analistas do setor tentarem responder a essa pergunta. 

Sob o comando do CEO Dan Schulman, a aquisição da rede social de compartilhamento de imagens reforçaria a aspiração do PayPal de ir além do seu atual modelo para se transformar em um superapp, nos moldes de ecossistemas chineses como o WeChat e o Alipay. 

A plano de fundo para esse movimento seriam os conceitos que estão ganhando escala no mercado, como o modelo de “buy now pay later”, visto em companhias como Affirm e Klarna. A ideia é criar um canal integrado ao início da jornada das compras e teria acesso a informações sobre comportamentos de compra que poderiam ser extremamente valiosos para os vendedores cadastrados em sua plataforma. 

Sendo uma forma consolidada de pagamentos digitais na busca recente por rentabilizar sua base de 454 milhões de usuários por meio do comércio eletrônico. “As empresas de pagamentos estão em uma posição única para avançar rumo à publicidade, com dados valiosos de transações que jogam luz sobre as preferências e hábitos do consumidor”, escreveu o analista do banco Barclays, Ramsey El-Assal. 

Pinterest está atualmente avaliado em US$ 39,5 bilhões e, em meio aos rumores, suas ações fecharam o pregão de hoje com baixa de 2,11%. Já o PayPal, avaliado em US$ 285,7 bilhões, viu seus papéis encerrarem o dia em queda de 5,86%.