SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa de Valores brasileira fechou em queda de 0,19%, a 114.428 pontos, nesta segunda-feira (18), influenciada pelo fraco crescimento da economia chinesa. Já o dólar subiu 1,21%, a R$ 5,5200, mesmo após nova intervenção do Banco Central no câmbio.
O PIB da China cresceu 4,9% entre julho e setembro, o ritmo mais lento desde o terceiro trimestre de 2020 e desacelerando 7,9% em relação ao segundo trimestre.
O desempenho da segunda maior economia do mundo traz preocupações ao mercado quanto ao crescimento de países produtores de matérias-primas, como é o caso do Brasil, já que o gigante vermelho é o principal consumidor desses insumos.
Quanto ao câmbio, a alta do dólar também reflete a preocupação de investidores com o contexto internacional, porém, reforça a aversão aos riscos domésticos, uma vez que o país ainda não apresentou fontes de recursos para enfrentar dois dos seus principais problemas fiscais para 2022: o pagamento dos precatórios e a criação de um novo programa de distribuição de renda para substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial.
“A gente tem um ambiente externo de cautela, contudo, o real está se desvalorizando mais do que outras moedas de países emergentes, o que revela ainda uma percepção de piora local”, diz Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.
A maioria das moedas latino-americanas cedia terreno contra o dólar nesta segunda, também por preocupações com a desaceleração do crescimento econômico chinês e o aumento da inflação global.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 0,10%, enquanto S&P 500 e Nasdaq subiram 0,34% e 0,84%, respectivamente.
O petróleo tipo Brent caiu 0,81%, a US$ 84,17 (R$ 464,55).
As ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3) caíram, igualmente, 0,47%.