As últimas semanas não têm sido de muita alegria para os investidores brasileiros. A B3 (bolsa de valores brasileira) afastou-se da margem de quase 130 mil pontos alcançada até meados de julho e passou a registrar sequências de baixas, caindo para a faixa dos 110 mil pontos.
Por mais que essas questões preocupem muitos, um dos maiores investidores individuais do Brasil, Luiz Barsi, parece ter se beneficiado do atual recuo nos preços para adquirir um pouco mais de algumas de suas ações favoritas.
“Não só aproveitei essa queda, como aproveito todas. Cada vez que o mercado assume uma postura de pressão vendedora, lá estou eu”, disse o investidor e economista.
Barsi destaca o setor financeiro e de commodities, através de posições no Banco do Brasil, Cosan, BR Distribuidora, IRB e Cielo, os quais confia bastante.
Com uma fortuna de cerca de R$ 2 bilhões em ações, sua carteira voltada a papéis com boas perspectivas de distribuir proventos o rendeu o título de “rei dos dividendos”.
Para ele, a taxação dos dividendos em debate na reforma do Imposto de Renda é classificada como uma “miopia tributária”.
“Seria favorável se tivéssemos uma menor carga tributária para as empresas, como é nos Estados Unidos. Mas aqui o governo já toma um valor enorme do empresário por meio dos impostos e não estimula novos investimentos”, pontua.
Mesmo assim, vislumbrando um cenário de longo prazo, o investidor considera que é possível encontrar no mercado opções baratas e seguras — e que prometem dividendos polpudos.
Com informações da Folha de S. Paulo.