A economia venezuelana apresenta modesta recuperação após anos de cataclismo recessivo e hiperinflacionário que causou a perda de 75% do seu PIB desde 2013.
O país passou oito anos com quedas interanuais de até 30 pontos, mas isso pode mudar em 2021. Apesar das variações das cifras e falta de transparência governamental sobre tal assunto, a melhoria se deve ao crescimento da produção de petróleo bruto nacional.
O economista Orlando Ochoa diz que, em 2021, a alta do PIB petroleiro poderia ser de 12%, enquanto que o PIB não petroleiro poderia cair 3,5%, o que resultaria em um cenário nacional ainda recessivo de 1,5%.
A Venezuela poderia terminar 2021 em torno dos 1.000%, cifra que ainda é a mais alta do mundo, mas bastante inferior às dos últimos anos e, de acordo com os especialistas, com tendência a continuar caindo. No entanto, os cálculos do Fundo Monetário Internacional continuam prevendo uma contração de cinco pontos do PIB para a Venezuela.
Com a indústria e o comércio gravemente abalados, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, finalmente adotou uma política econômica amigável com o empresariado para sobreviver, aumentando a participação do dólar na economia. O desabastecimento, uma das grandes doenças da sociedade venezuelana na última década, desapareceu.