O Fundo Monetário Internacional disse nesta terça-feira (12) que a China é capaz de abordar as questões relacionadas ao endividamento do Evergrande Group. Entretanto, a organização também afirmou que existe o risco dos problemas da incorporadora causarem um estresse financeiro mais abrangente.
O comentário repercutiu em meio a crise da gigante asiática, que já acumula mais de US$ 300 bilhões em dívidas. A situação tem tirado o sono de diversos investidores globalmente, principalmente após a empresa ter perdido a terceira rodada de pagamentos de bônus em três semanas.
Com mais um pagamento atrasado, os temores do mercado sobre contágio envolvendo outras incorporadoras foram intensificados.
“Acho que as autoridades têm como abordar a situação”, disse o diretor do Departamento Monetário e de Mercados de Capital do FMI, Tobias Adrian, em entrevista junto com a divulgação do Relatório de Estabilidade Financeira Global.
“Eles têm a capacidade fiscal e as ferramentas legais e institucionais para lidar com a questão. Portanto o que poderia dar errado é a comunicação não ser muito clara e as medidas necessárias não serem adotadas.”
Adrian finalizou afirmando que “no momento o contágio está contido”.