Resumo Semanal: Ibovespa zera perdas travado pelo cenário inflacionário

O dólar acumulou valorização de 3,2%.

Após o salto de 2,03% no pregão desta sexta-feira (8), o índice referência da Bolsa de Valores praticamente “zerou” as perdas no acumulado da semana, registrando uma queda de 0,06%. O período foi marcado por desconfianças acerca do cenário inflacionário brasileiro que chegando a travar a valorização do Ibovespa. O dólar comercial encerrou com crescimento de 3,2% em comparação ao real.

Segunda

O principal benchmark da bolsa encerrou o pregão da segunda-feira (4) em queda, revertendo a recuperação atingida na última sexta (1). Entre os motivos da baixa, destaca-se uma preocupação maior em relação a alta na inflação global, além do temor com uma possível quebra da Evergrande.

A cotação do petróleo no mercado internacional voltou a subir depois que a Opep divulgou a permanência do nível de produção para novembro em 400 mil barris de petróleo por dia.

As ações do Facebook registraram forte baixa de quase 4% devido a instabilidade apresentada pela plataforma, sem contar o escândalo causado após uma ex-funcionária vazar documentos à imprensa e ao Congresso americano.

O Ibovespa encerrou em queda de 2,2%, aos 110.393 pontos, com volume de R$ 33,056 bilhões. O dólar comercial subiu 1,44%, a R$ 5,446 na compra e R$ 5,447 na venda.

Terça

O Ibovespa fechou o pregão da terça-feira (5) em alta, impulsionado pelo mercado externo.

As ações da Petrobras foram destaque e encerraram com uma valorização de 2,19%. 

Nos EUA, a balança comercial registrou um déficit de US$ 73,3 bilhões em agosto, o que representa um avanço de 4,2% em relação a julho, de acordo com dados divulgados.

O Ibovespa fechou com leve alta de 0,06% aos 110.397 pontos, com volume de R$ 29,376 bilhões. O dólar comercial subiu 0,71% e teve a maior cotação de fechamento desde abril: R$ 5,484 na compra e R$ 5,485 na venda.

Quarta

Após passar a maior parte do dia em queda, o Ibovespa encerrou a quarta-feira (6) em alta. A recuperação do índice foi impulsionada pelo varejo, que liderou os principais avanços nas últimas horas de negociação.

O benchmark também foi influenciado pela política dos EUA, após os republicanos sinalizarem disposição para fecharem um acordo com os democratas e suspender temporariamente o teto da dívida pública no país.

Das três empresas que mais valorizaram nesta quarta, duas são do varejo. A Americanas liderou a lista com um crescimento de 7,31%, a Magazine Luiza, em terceiro lugar, encerrou o pregão com alta de 5,7%.

Na Europa, autoridades se articulam para resolver a crise de abastecimento de gás natural, com a iminente chegada do inverno no hemisfério norte.

O Ibovespa fechou com leve alta de 0,09% aos 110.559 pontos, com volume de R$ 35,5 bilhões. O dólar fechou com leve alta de 0,02% a R$5,486, na compra e na venda.

Quinta

O principal índice da Bolsa de Valores brasileira encerrou a quinta-feira (7) com leve alta. O Ibovespa chegou a registrar uma valorização considerável, mas o mercado acabou travando por conta das desconfianças com o cenário inflacionário.

A Anbima divulgou que os fundos de ações registraram mais saques do que depósitos no mês de setembro, o saldo negativo foi de R$ 3 bilhões. Segundo a associação, a busca pela renda fixa cresceu 77,7% no mês passado, ante a setembro de 2020.

O Senado dos EUA aprovou a extensão do teto da dívida pública em meio trilhão de dólares até dezembro deste ano, afastando momentaneamente a chance de um calote federal.

O mercado aguardava pelo resultado do payroll, que saíria no dia de seguinte, e mede a criação de postos de trabalho e taxa de desemprego. O indicador era visto como um sinal de recuperação da economia norte-americana.

Na Europa, os preços do gás também voltaram a subir. O alívio com o discurso do presidente russo Vladimir Putin, dizendo que avaliaria ampliar o envio de gás natural para a Europa através da Ucrânia, foi temporário.

O Ibovespa com leve alta de 0,02% aos 110.585 pontos. As negociações movimentaram R$ 32,6 bilhões. O dólar comercial subiu 0,57% a R$ 5,516 na compra e R$ 5,517 na venda.

Sexta

Depois de três dias com crescimentos baixos, o principal índice da B3 encerrou a sexta-feira (8) com forte alta de 2,03%. O Ibovespa foi impulsionado pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o resultado veio abaixo do expectado pelo mercado

O IPCA do mês de setembro subiu 1,16% enquanto os economistas esperavam um crescimento de 1,25%. No acumulado de 2021, a inflação registra alta de 6,9%.

A Petrobras realizou reajustes na gasolina e no gás de cozinha. O preço do GLP passará de R$ 3,60 para R$ 3,86. A gasolina A, o preço médio de venda passará de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro

O payroll, índice que mede a criação de postos de trabalho nos EUA, informou que foram gerados 194 mil vagas no mês setembro e a taxa de desemprego caiu para 4,8%. Os especialistas esperavam que fossem criadas 500 mil vagas de trabalho.

O Ibovespa encerrou em alta de 2,03% a 112,833,20 pontos. O volume negociado foi de R$ 35,062 bilhões. O dólar comercial encerrou com alta de 0,02%, a R$ 5,518 na compra e R$ 5,519 na venda.