A Genial Investimentos, em parceria com a Quaest, divulgou estudo no qual sinalizou que a população brasileira se preocupa mais com a economia do país do que com a pandemia, neste mês de outubro. O levantamento questionou sobre o “principal problema do país” e 44% responderam que era a economia, enquanto 24% se preocupavam mais com saúde/pandemia.
No estudo realizado em julho deste ano, os resultados foram invertidos, 41% da população alegava que a pandemia era o maior problema do Brasil, e 28% se preocupavam mais com a situação econômica do país.
Um dos motivos para o resultado é o gradual avanço da vacinação no Brasil, hoje mais de 44% da população já completou o calendário de imunização, totalizando mais de 95 milhões de pessoas. Somando a primeira dose, a segunda, a de reforço e a única, já foram distribuídos mais de 244 milhões do imunizante.
Em julho, apenas 18,28% estavam completamente vacinados, ou seja, 38,7 milhões.
A preocupação com a pandemia
O estudo separou os níveis de preocupação com a pandemia em três categorias: Muito preocupado, pouco preocupado e nada preocupado. Em julho, 79% da população dizia estar “muito preocupada” com a situação pandêmica, agora em outubro esse número caiu para 59%. Os poucos preocupados cresceram de 17% para 32% e, por fim, os nada preocupados saíram de 3% para 9%.
Situação econômica
Já em relação ao último ano de economia, o estudo registrou que o número de pessoas que afirmaram que a situação piorou saiu de 60% em agosto para 69% em outubro. Os entrevistados os quais falaram que a economia ficou da mesma forma diminuiu de 20% para 15%. Os habitantes que diziam que a situação econômica melhorou caiu de 16% para 14%.
A expectativa para uma melhora na economia nos próximos 12 meses também abaixou, em julho 50% dos entrevistados acreditavam que a situação econômica poderia melhorar, porém em outubro essa porcentagem caiu para 39%. As pessoas que pensam em uma piora subiu de 25% para 34%. Por fim, o número que consideram que a economia se manterá da mesma forma, estagnou em 21%.
Desemprego
Para o desemprego os entrevistados demonstraram estar mais otimistas em relação a uma melhora, neste mês de outubro 58% afirmaram que o país irá conseguir gerar novos empregos nos próximos meses, enquanto 38% disseram que não.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa de desemprego do Brasil recuou de 14,7% no primeiro trimestre, para 14,1% no segundo período.
Inflação
A porcentagem de pessoas que pensavam que o Brasil não iria conseguir controlar a inflação diminuiu em relação a julho, saindo de 64% para 62%. No mês de setembro esse número chegou a subir para 65%.
No último mês a inflação aumentou 1,14%, somando um crescimento de 10,05% nos últimos 12 meses. Em julho o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou a 0,89%, resultando numa alta de 8,99% em 1 ano.
A XP divulgou nesta quarta-feira (6) que aumentou as suas expectativas para a inflação até o fim do ano, a previsão anterior era que 2021 encerrasse com um IPCA de 8,4%, agora a corretora espera que o índice chegue a 9%. A companhia também aumentou a estimativa para 2022, de 3,7% para 3,9%.