Nova regra para importações pode encarecer alimentos

Há relatos de carretas paradas há 30 dias nos portos secos.

Uma alteração nas regras de inspeção das importações de alimentos de origem animal tem atrasado a entrada de alguns alimentos no Brasil. Produtos como leite em pó, pescados, rações e insumos têm demorado para chegar nos mercados e isso já começou a causar alguns problemas de abastecimento, o que pode encarecer os preços.

Há relatos de carretas paradas há 30 dias nos portos secos de São Borja e Uruguaiana (RS) e outros sobre a formação de filas de caminhões. Segundo as informações da Valor, os veículos precisam aguardar até que o órgão de defesa agropecuária ligado ao Ministério da Agricultura, o Vigiagro, libere a passagem das cargas.

O Ministério da Agricultura informou que as mudanças foram feitas para que os custos com deslocamento de servidores fossem reduzidos. Contudo, a Pasta admite que um acúmulo de processos gerou atrasos de até seis dias.

“Hoje, os processos de animais vivos e pescados frescos estão sendo analisados em menos de 24 horas, os produtos de origem animal comestíveis em menos de 48 horas e os alimentos para animais também em menos de 24 horas (no modal rodoviário)”, declarou a Pasta.

Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), as mudanças são bem recebidas, mas ainda não há servidores para implementá-las. “Afunilou porque diminuíram os locais para reinspeção e também o número de fiscais”, disse o diretor de Comunicação da entidade, Antonio Andrade.