O Twitter anunciou nesta quinta-feira (23) um sistema de bonificação, em que usuários podem enviar dinheiro a outras pessoas e a organizações na rede social a partir de um botão no perfil dos destinatários.
O recurso está disponível no sistema iOS, da Apple, e será liberado para Android nas próximas semanas. No Brasil, a transferência será pelo PicPay.
“As pessoas já costumam colocar links para perfis de pagamento em suas bios [biografia, na página de perfil] e tuítes, por exemplo. Esse processo se torna mais fácil com as bonificações, já que o recurso oferece um ponto fixo na sua página de perfil para vincular sua conta no PicPay”, afirmou Esther Crawford, gerente de produto da plataforma.
De acordo com a empresa, o usuário saberá que uma conta ativou o recurso ao ver um ícone ao lado do botão “seguir” na página de perfil. O Twitter diz que não receberá nenhuma porcentagem das transações.
Para ativar a funcionalidade, é preciso clicar em “editar perfil”, tocar na opção “bonificações” e escolher o serviço de pagamento disponível em sua região.
Em El Salvador e nos Estados Unidos, as bonificações poderão ser enviadas com bitcoin ou Strike -um aplicativo de pagamentos por bitcoin gratuito. Essa modalidade não está disponível no Brasil por enquanto.
Para utilizar o recurso, o Twitter afirma que os usuários devem ter mais de 18 anos, mas não especifica como será o controle.
A rede social também anunciou que influenciadores poderão cobrar assinatura mensal de usuários que quiserem acesso a conteúdos exclusivos, em uma lógica parecida à da plataforma OnlyFans.
Chamado “Super Follows”, o recurso será testado com um pequeno grupo nos Estados Unidos e no Canadá, mas será ampliado para outros países.
De acordo com Crawford, o programa é destinado a “pessoas que trazem perspectivas e particularidades únicas ao Twitter, contribuindo para provocar conversas públicas de interesse da comunidade”, conforme destacou em recente publicação sobre o recurso.
Será possível definir uma assinatura mensal de US$ 2,99 (R$ 15,80), US$ 4,99 (R$ 26,40) ou US$ 9,99 (R$ 52,80) por mês. Não há previsão de estreia do recurso no Brasil.
Outra função testada pela plataforma é a criação de comunidades, grupos de pessoas com interesses comuns no Twitter. Funcionarão como em outras redes sociais: cada grupo terá um administrador responsável por criar regras e convidar as pessoas.
A empresa também testa mudanças relacionadas ao controle de conversas, com um recurso para bloquear automaticamente contas semelhantes às já bloqueadas por usuários. Também anunciou que irá expandir os filtros já disponíveis, que impedem a visualização de determinadas contas ou palavras.
“Estamos explorando novas maneiras para que as pessoas filtrem discursos indesejados em suas respostas –evitando xingamentos ou emojis direcionados”, diz a empresa, que ainda desenvolve o recurso.