Os grandes brancos estão aumentando suas taxas de em cerca de 1 ponto percentual (p.p.), um movimento de antecipação em relação à possível alta da Selic, que deve ocorrer na próxima semana na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Especialistas estimam que a taxa básica de juros deve subir em 1 p.p., levando a Selic para 6,25% ao ano.
Conforme o Estadão, a Caixa Econômica Federal iniciou um movimento contrário aos demais bancos ao anunciar nesta semana que irá reduzir os juros do financiamento imobiliário, mesmo com a taxa básica de juros em alta.
Já em relação aos bancos que se deslocam para a alta, o Santander foi o primeiro a comunicar, no dia 4 de agosto, aumento do crédito imobiliário para 7,99% ao ano mais variação da Taxa Referencial (TR), para 8,99%. Na sequência vieram Bradesco, com taxas que variam entre 8,50% e 8,90% ao ano mais TR, e o Itaú Unibanco, com taxa de 8,30% ao ano mais variação da TR nos financiamentos tradicionais.
Empresários e especialistas dizem não estarem surpresos com a alta do custo dos financiamentos. “É óbvio que cada vez que aumenta a taxa não é bom para ninguém, mas historicamente estamos trabalhando com juros baixos, se compararmos com tudo que aconteceu no passado”, declarou o vice-presidente imobiliário do Sinduscon-SP, o Sindicato da Indústria da Construção Civil, José Romeu Ferraz Neto.