O gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cristiano Santos, avaliou que o crescimento do comércio varejista, que alcançou patamar recorde em julho, não é homogêneo entre as atividades pesquisadas.
Segundo Santos, a maioria das atividades está abaixo ainda do patamar pré-pandemia, apesar das vendas terem aumentado 1,2% em julho ante junho.
No mês de julho, o volume de vendas ficou 5,9% acima do nível de fevereiro de 2020, no período pré-pandemia. Enquanto no varejo ampliado, onde inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas atingiram 3,2% acima da pré-pandemia.
Os segmentos de material de construção, artigos farmacêuticos, outros artigos de uso pessoal e doméstico e supermercados conseguem destaques e conseguem se estabelecer acima do patamar pré-crise sanitária.
O pesquisador afirma que as atividades que conseguiram se adaptar mais facilmente ao comércio eletrônico, conseguem um desempenho melhor.
Outras características listadas que favorecem o crescimento de segmentos varejistas foi a expansão do crédito e o aumento da população ocupada no mercado de trabalho. Como pontos negativos que prejudicaram as vendas foi a alta na inflação e a queda na renda das famílias.