O Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (25) que poderá ser forçado a descumprir o teto de gastos, em decorrência do aumento dos precatórios (dívidas da União reconhecidas pela Justiça) e da alta da inflação.
“A inflação subindo como está subindo agora, acaba com o espaço de ampliação dos programa sociais; acaba o espaço; até mesmo, dependendo do nível da inflação, eu já posso começar o ano furando o teto”, destaca o ministro.
Guedes declara que a fatura de R$ 89 bilhões de precatórios que o governo terá que pagar no ano de 2022 torna o Orçamento “inexequível” e impossibilita a ampliação do Bolsa Família.
“Dependendo do nível da inflação, eu já posso começar o ano furando o teto”, afirmou o ministro em apresentação à imprensa sobre os dados da arrecadação federal.
O teto de gasto é uma regra fiscal que limita o gasto público e impede o crescimento das despesas acima da inflação. A regra determina que o gasto máximo que o governo pode ter é equivalente ao Orçamento do ano anterior, corrigido apenas pela inflação.