O diplomata singapurense Kishore Mahbubani, autor do livro “A China venceu? O desafio chinês à supremacia americana”, defende que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não irá impedir a China de se tornar a maior economia.
“O que a administração Biden está tentando realizar? Impedir a China de se tornar a maior economia? Não vai acontecer”, declarou Mahbubani.
De acordo com o Valor Ecônomico, o diplomata descreve em seu livro que a China tem vantagem em todos os pontos que determinam uma conquista geopolítica, por ser uma nação que cuida melhor da sua população mais pobre, investe na relação com outros países e têm pensamento estratégico que faltam aos americanos.
Notícias Relacionadas
Nvidia, Apple e mais
Gigantes da tecnologia impulsionam orçamento da California
Um índice das chamadas sete gigantes da tecnologia subiu 56% até agora este ano, mais do que o dobro do avanço do índice S&P 500
‘Boom’ pós-eleitoral
Musk vê sua fortuna alcançar recorde de US$ 348 bilhões
Os diversos negócios de Musk têm experimentado aumento de valor desde sua aproximação com o presidente eleito dos EUA
Ainda em seu livro, Mahbubani relata as bases do confronto entre a China e os Estados Unidos demonstrando diferenças que comumente são descritas no Ocidente.
O diplomata também fala que enquanto o país asiático investe em infraestrutura, construindo estradas, portos e ferrovias, por exemplo, os norte-americanos investem na ampliação de sua capacidade militar, sendo assim, o orçamento do Departamento de Estado é apertado, enquanto o de Defesa é expandido.
Mahbubani, sobretudo, se junto ao pensamento de muitas pessoas que denunciam o poder excessivo da política dos EUA como uma ameaça não somente à democracia, porém relaciona à posição dominante do país no mundo. “Os Estados Unidos se tornaram uma plutocracia, e essa é uma das razões pelas quais seu pensamento estratégico está tão prejudicado: os governos devem estar atentos aos interesses de curto prazo dos doadores”, afirma.
O singapurense ainda aconselha ao Brasil para que não seja passivo em relação às duas potências. “Eu recomendaria ao Brasil não ser passivo. Dizer a ambos: se vocês querem competir por hegemonia, não nos envolvam”, alega.
