A China aprovou nesta sexta-feira (20) uma lei sobre a proteção da privacidade na internet, que tem como objetivo restringir a coleta de dados pessoais por parte dos gigantes digitais.
De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, as regras passam a valer em 1º de novembro.
A nova lei, no entanto, não se aplica ao Estado, que permanecerá com autorização para coletar uma grande quantidade de dados, como, por exemplo, para rastrear a dissidência política ou aplicar a política de segurança na região de Xinjiang.
A medida é uma tentativa de combate ao aumento das fraudes na internet nos últimos anos, mas sobretudo à crescente preocupação dos consumidores chineses com os vazamentos de dados ou o uso de algoritmos.
De acordo com as novas regras a nova lei limita o alcance de empresas de tecnologia que se utilizavam dos dados e algoritmos gerados pelos usuários para obter melhor informação e de certa forma “pescar” o consumidor que utiliza produtos de empresas concorrentes.
As empresas mantêm os concorrentes bloqueados dos principais ecossistemas de tecnologia e, desta forma, a nova medida cria uma barreira rígida entre as plataformas rivais.
Os reflexos da nova lei podem ser observados no mercado financeiro asiático, que viu as bolsas fecharem em baixa nesta sexta-feira (20), em meio a essas incertezas regulatórias que cercam o setor de tecnologia da China.