SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A ocorrência de pragas em lavouras de cacau levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a decretar estado de emergência fitossanitária em três estados da Região Norte. A portaria com a decisão foi publicada nesta sexta-feira (6) no Diário Oficial da União (DOU) e inclui Acre, Amazonas e Rondônia. A duração do estado de emergência será de um ano.
De acordo com o ministério, o objetivo é reforçar medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para outras áreas de cultivo. As informações são da Agência Brasil.
“No mês passado, um foco da praga foi detectado em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. O estado de emergência fitossanitário para monilíase do cacaueiro incluiu o Amazonas e Rondônia por serem as unidades da federação que fazem fronteira com o Acre”, informou a pasta.
A monilíase do cacauerio, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, é uma das mais sérias doenças do cacau, infectando os frutos em qualquer fase de desenvolvimento e, em condições favoráveis, pode causar perdas de até 100% da produção.
Outra medida decretada pelo ministério, nesta quinta (5), foi colocar o Acre como estado “em área sob quarentena”, para dar maior suporte às ações de fiscalização de trânsito de vegetais executadas pelas agências estaduais competentes.
“Desde a confirmação da ocorrência da praga, equipes compostas por profissionais do Mapa, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf-AC), da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron-RO), da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf-AM), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade de Brasília (UnB) estão no município executando uma varredura completa na área considerada como de maior risco de detecção de possíveis novos focos da praga”, disse o Mapa.
O ministério informou também que nos próximos dias será publicado um ato complementar com o detalhamento das medidas a serem adotadas por cada estado, conforme o nível de risco e particularidades. As medidas podem englobar desde ações específicas relacionadas à fiscalização do trânsito de plantas hospedeiras, ao manejo preventivo da praga em áreas produtivas, campanhas de educação fitossanitária, mapeamento e eliminação de plantas, entre outras.