O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), elevou nesta quarta-feira (4) a taxa básica de juros de 4,25% para 5,25% ao ano, subindo 1,0 ponto percentual. Esse é o quarto aumento consecutivo da Selic.
Com a forte pressão inflacionária, já era esperado a elevação para 5,25%, e possivelmente o avanço da taxa básica de juros pode seguir acontecendo até o final de 2021.
Na última reunião, o Copom já havia destacado que a pressão inflacionária se mostrou maior do que o esperado. A decisão desta quarta mostra um ritmo contínuo em um ciclo de alta, após seis anos terem se passado sem elevação da Selic. Em março deste ano, a taxa começou a subir novamente, passando para 2,75%.
O valor está acima do teto da meta de 3,75% de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2021, com margem de tolerância 1,5 ponto percentual.
A Selic foi criada em 1999 para a regulamentação de juros e é utilizada para apurar a taxa de juros das transações realizadas entre instituições financeiras. Como é a taxa básica de juros da economia, ela também influencia no desdobramento dos indicadores IPCA e CDI, influenciando no controle da inflação.
Como consequência, o aumento das taxas de juros pode: refletir nos juros cobrados pelos bancos, que já vêm sendo pressionados; influenciar de forma negativa o consumo da população e os investimentos produtivos; aumentar a remuneração das aplicações financeiras no país e elevar despesas com juros de dívidas públicas. Alguns setores podem ser diretamente impactados de forma positiva enquanto outros podem sofrer influências negativas.