A Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) anunciou nesta quinta-feira (29) um plano de flexibilização gradual das medidas de restrição contra covid-19 na cidade, que será divido em três etapas, de 2 de setembro até 15 de novembro, incluindo programação do réveillon e carnaval, além de celebração de quatro dias.
A decisão da prefeitura marca uma tentativa mais abrangente da retomada econômica da cidade. O setor de eventos, um dos maiores responsáveis pela movimentação da economia brasileira, teve que parar diante das medidas de contenção do coronavírus e seu processo de recuperação deve acontecer em médio e longo prazo, porém isso deve estar atrelado às recomendações das instituições sanitárias e a métrica de casos de covid-19.
Em relação à volta dos estádios, a prefeitura projeta conseguir a lotação máxima já em outubro, com alguns protocolos, como frequentadores vacinados, uso de máscara e álcool gel.
Especialistas se dizem receosos em relação ao plano de flexibilização. Para o infectologista Roberto Medronho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), consultado pelo G1, é possível que a capital fluminense passe a enfrentar problemas decorrentes do aumento da transmissibilidade da doença.
A primeira etapa prevê a abertura de estádios e boates com 50% do público, mas depende que 77% da população tenha tomado pelo menos a primeira dose da vacina contra covid-19 e que 45% tenha recebido as duas doses.
Nesta semana, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos decidiu voltar a exigir o uso de máscaras para os norte-americanos completamente vacinados, tendo como um dos motivos o aumento de casos de infecção da variante Delta do coronavírus, que tem causado preocupação em vários países do mundo diante da alta transmissibilidade (veja mais aqui).
A nova cepa do vírus preocupa os especialistas brasileiros, inclusive em relação à retomada das atividades e suspensão das medidas restritivas, por não haver confirmação de que as vacinas tenham a mesma eficácia em relação à variante Delta.