Num cenário otimista para empresários, o índice de Confiança de Construção (ICST) subiu 3,3 pontos em julho, para 95,7 pontos numa escala de 0 a 200. Esse foi o maior nível já registrado desde março de 2014. As informações foram recolhidas da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
“A sondagem de julho aponta o crescimento da atividade e uma percepção bastante favorável em relação à evolução da demanda nos próximos meses. Ou seja, volta a prevalecer um cenário levemente otimista”, avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
O índice de Situação Atual (ISA-CST), que é a prévia do ICST, manteve-se estável, com variação de -0,1 ponto, para 89,4 pontos.
Já o índice de Expectativas (IE-CST) subiu 6,8 pontos, para 102,2 pontos, sendo esse o maior nível desde janeiro de 2020. Os indicadores da demanda prevista e tendência dos negócios também subiram, a 6,4 e 7,2 pontos, para 102,3 e 102,0 pontos.
O avanço do índice ocorre por conta de uma “alta geral” que de certa forma reduz o impacto para a empresa, como explica Ana Maria. “Ocorre que o percentual de assinalações que apontam o aumento dos preços praticados pelas empresas também alcançou um recorde histórico, sugerindo que, apesar dos desarranjos que os aumentos dos custos têm causado, as empresas esperam que esses aumentos sejam absorvidos em grande parte pela demanda final”.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção recuou 3,7 %, para 73,7 pontos percentuais. O NUCI de Mão de Obra e o NUCI de Máquinas e Equipamentos tiveram variações idênticas com queda de 3,7%, para 75,2% e 66,6%, respectivamente.
Em julho, 26,7% das companhias de construção apontaram elevação da atividade, e esse foi o maior percentual alcançado desde outubro de 2012. O saldo positivo sinaliza a retomada da atividade do setor.
“De todo modo, a percepção positiva das empresas de Preparação de Terrenos, um segmento antecedente do ciclo de obras, volta a reforçar o maior otimismo com a retomada”, observou Ana Castelo
O Índice de Confiança de Contrução captura a percepção dos empresários em relação aos seus negócios no momento corrente e para os próximos meses, por esse motivo ele permite antecipar a dinâmica do setor.