Ações ligadas ao minério de ferro impulsionam Ibovespa, que fecha em alta; dólar cai

O Ibovespa encerrou em alta nesta segunda-feira (26), impulsionado pelas ações de empresas ligadas ao minério de ferro. Com o resultado, o índice se recupera parcialmente da queda de 0,87% registrada na última sexta-feira (23) e segue as bolsas americanas, que fecharam com avanço apesar de abrirem com baixas.

O minério de ferro ficou mais caro hoje, graças a recuperação da margem do aço na China. O contrato mais negociado do minério em Dalian bateu ganhos de 0,9%, a 1.136,50 iuanes (US$ 175,22) por tonelada, marcando a primeira alta da commodity em seis sessões.

Frente a isso, Vale (VALE3) subiu 2,17%, CSN (CSNA3) avançou 3,55%, e Usiminas (USIM5) fechou em alta de 3,56%, liderando os ganhos da B3. 

Ainda no mercado, o barril do Brent (usado como referência pela Petrobras) encerrou com leve aumento a US$ 74,50. Mesmo passando a sessão entre perdas e ganhos, o fechamento positivo do Brente elevou os papéis da Petrobras a 2,7%. 

No cenário interno, a atenção dos investidores estava voltada a possível greve dos caminhoneiros, marcada para hoje. O animo foi instaurado no mercado ao realizarem a baixa adesão do movimento, notícia confirmada pelo Ministério da Infraestrutura, que comunicou o livre fluxo em todas as rodovias federais sob administração do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).

Além disso, a temporada de balanços no Brasil e nos Estados Unidos também segue no radar.

O Boletim Focus revelou a previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): alta de 6,56%, em comparação com 6,31% na semana passada. 

Na China, Pequim restringiu regras para companhias privadas de educação. Isso impactou negativamente as bolsas asiáticas, que já sofrem pressão pela contínua proliferação da variante Delta da Covid-19.

Bolsa

O Ibovespa avançou 0,76%, a 126.003 pontos com volume financeiro negociado de R$ 22,558 bilhões.

Dólar

O dólar comercial caiu 0,7% a R$ 5,174 na compra e a R$ 5,174 na venda. 

Ibovespa pela tarde

Às 15h15 (horário de Brasília), o Ibovespa reduzia mas mantinha alta de 0,68%, a 125.900 pontos. O dólar comercial recuava 0,65% a R$ 5,16.

Índice ao meio-dia

Às 12h19 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 0,87%, a 126.139 pontos. O dólar comercial operava em baixa de 0,65% a R$ 5,17.

Como foi a abertura do Ibovespa?

Às 10h10 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 0,14%, a 125.231 pontos. O dólar comercial operava em alta de 0,24% a R$ 5,22.

Nesta segunda-feira (26), o Ibovespa opera entre perdas e ganhos, recuperando a queda de 0,87% da última sexta (23). No exterior, o cneário é de baixa após divulgação da China de que irá tomar medidas para conter o avanço da indústria de tutotia privada pós-escola.

 Segundo o InfoMoney, o país asiárico anunciou no sábado (24) que forçaria os serviços de tutoria escolares a serem administrados como operações sem fins lucrativos, além de autoridades chinesas terem banido  serviços de levantamento de capital e propriedade estrangeira e proibiram aulas nos finais de semana e feriados públicos ou escolares.

Pré abertura da Bolsa

O Ibovespa encerrou em queda na sexta-feira (23), puxado pelos dados do IPCA-15 (índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Base 15) de julho e por papéis da Magazine Luiza (MGLU3) e Vale (VALE3), que recuaram 2,8% e 0,51%, respectivamente.

Ainda por aqui, atenção para a repercussão do resultado do segundo trimestre da Hypera, além da estreia da Agrogalaxy e da Livetech na B3 nesta segunda-feira (26).

Na sessão, as principais bolsas internacionais operam em meio a perdas, em um movimento de correção para os Estados Unidos e para a Europa, após ganhos dos últimos quatro pregões.

Os índices futuros dos EUA caem nesta segunda-feira, com recuo alavancado pelas bolsas asiáticas. Na semana passada, as três principais bolsas estadunidenses fecharam em níveis recordes: o Dow avançou 0,68%, a 35.061,55 pontos; o Nasdaq subiu 1,04%, a 14.836,99; e o S&P teve alta de 1,01%, a 4.411,79 pontos.

Contudo, o início desta semana é de perdas para as bolsas, em meio a preocupações em relação à variante Delta, da Covid-19. Na terça-feira (27) o Federal Reserve (Fed) iniciará a reunião de dois dias para debater a política monetária da região.

Na Europa, as bolsas também recuam. O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, cai 0,4%. Com investidores ainda monitorando a propagação da Covid-19 no continente.

A Ásia, por sua vez, vê seus papeis do setor de tecnologia e educação se destacando negativamente, por conta de pressões regulatórias por parte do governo chinês sob grandes gigantes do setor.

Por lá, o Conselho de Estado e do comitê central do Partido Comunista criou documentos regulatórios que estabelecem que as instituições de educação não podem levantar recursos através de listagem de ações.

O vice-ministro do Exterior chinês declarou que a relação entre o país asiático e os EUA “estão em um impasse, e enfrentam sérias dificuldades”, como informou o InfoMoney.

Além disso, investidores da região também monitoram a propagação da variante Delta da Covid-19. Vários pontos do continente estão retomando as medidas de restrições para conter o vírus.
 
Confira os principais índices às 7h17:
 
ÁSIA
Nikkei 225 [+1,04%]
S&P/A SX 200 [-0,00%]
Hang seng [-3,90%]
Shanghai [-2,34%]
 
EUROPA
DAX [-0,39%]
FTSE 100 [-0,23%]
CAC 40 [-0,25%]
SMI [-0,70%]
 
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [-0,33%]
S&P 500 [-0,22%]
Nasdaq [-0,13%]
Russell 2000 [-0,16%]
 
COMMODITIES
Ouro [+0,36%] US$ 1.808,35
Prata [+0,87%] US$ 25,453
Cobre [+1,42%] US$ 4,4625
Petróleo WTI [-0,83%] US$ 71,47
Petróleo Brent [-0,75%] US$ 72,48