Política

Apagão é o maior do País desde 2009; relembre casos

O Ministério de Minas e Energia afirmou que o apagão interrompeu 16 mil MW de carga de energia

Todas as regiões do Brasil foram afetadas por um apagão na manhã desta terça-feira (15). O apagão teve seu registro nos sistemas do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) a partir das 8h31, horário de Brasília, momento em que ocorre a usual elevação de demanda no sistema elétrico.

Dentro de um intervalo de apenas dez minutos, houve uma queda abrupta de 25,9% na carga do sistema elétrico do Brasil. O motivo ainda é investigado. O Ministério de Minas e Energia afirmou que o apagão interrompeu 16 mil MW de carga de energia.

Apesar de não ser tão comum, esta não é a primeira vez que ocorre um apagão em todo o território nacional. A última vez ocorreu em 2014, que deixou o Sul, Sudeste, Norte e o Centro-Oeste sem energia por quase duas horas, e afetou 12 milhões de pessoas.

Três anos antes, em 2011, cerca de 90% do Nordeste ficou sem energia elétrica devido uma falha na subestação localizada no município de Jatobá na divisa entre Bahia e Pernambuco.

Mas foi o apagão de 2009 que teve a piores consequências, sendo um dos maiores do século. A quantidade de energia desligada com o apagão foi de 28 mil megawatts (MW) no Brasil, afetando 18 estados, e de 980 MW no Paraguai. O apagão foi causado por uma falha no sistema de transmissão elétrica da principal usina de energia do país devido uma tempestade.

Queda de 25,9% da energia

O apagão desta terça (15) teve seu registro nos sistemas do ONS a partir das 8h31, horário de Brasília, momento em que ocorre a usual elevação de demanda no sistema elétrico. Dentro de um intervalo de apenas dez minutos, houve uma queda abrupta de 25,9% na carga do sistema elétrico do Brasil.

Os dados de monitoramento do Sistema Interligado Nacional (SIN) pelo ONS indicam que, às 8h30 no horário de Brasília, o Brasil apresentava uma capacidade de 73.484,7 MW em uma trajetória ascendente, condizente com o padrão observado nas manhãs. Contudo, no minuto subsequente, às 8h31, a carga do sistema sofreu uma queda abrupta de aproximadamente 7%.

A perda de carga persiste nos minutos subsequentes até atingir o horário de 8h40, momento em que o sistema atinge o patamar mínimo de carga do dia, totalizando 54.383,7 MW.

Os dados do SIN indicam uma queda abrupta de mais de 25% na carga do sistema ao longo de um período de dez minutos.

A partir das 8h41, a carga gradualmente começa a se recuperar. Entretanto, até às 9h30, a carga ainda não havia retornado ao nível observado antes do apagão, uma hora antes. Isso significa que algumas regiões do Brasil ainda permaneciam sem o restabelecimento total do fornecimento elétrico.

No subsistema Norte, houve uma queda de 83,8% na carga em um intervalo pouco superior a dez minutos, a partir das 8h31 no horário de Brasília. No Nordeste, a redução na carga foi de 44,4%. No subsistema Sudeste-Centro-Oeste, a perda alcançou 19%, enquanto na região Sul, a menos afetada pelo apagão, a queda atingiu 15,5%.

“A recomposição já foi iniciada em todas as regiões e estão concluídas nas regiões Sul e Sudeste. Até às 10h09, 7 mil MW já haviam sido recompostos”, afirmou o órgão em nota sobre o apagão.